domingo, abril 28, 2024
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Campanha quer tirar do papel lei da criminalização da LGBTfobia

Discutir crimes LGBTfóbicos no Brasil ainda é um desafio. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2019, que criminalizou a discriminação contra pessoas LGBT+, não provocou todas as mudanças necessárias e urgentes. Mesmo após mais de dois anos, muitas regiões seguem sem preparo para receber tais queixas, o que impede a consolidação de dados mais robustos acerca deste tipo de crime e, a partir disso, medidas preventivas eficientes sejam tomadas.

Com o intuito de provocar mudanças nesta situação, a All Out lança um abaixo assinado reivindicando que todos os estados brasileiros incluam nos boletins de ocorrência o registro da LGBTfobia como motivação de um crime. Uma pesquisa realizada pela All Out aponta que, pelo menos, 34 barreiras têm impedido a identificação e aplicação da decisão do STF por parte das instituições públicas. Por meio da petição online, o objetivo é buscar o apoio da sociedade civil e pedir aos sistemas de segurança pública para que seja reconhecida, de fato, a LGBTfobia como crime e que a decisão seja cumprida de forma correta. A meta é alcançar meio milhão de assinaturas nas próximas semanas.

O movimento é uma iniciativa da All Out junto à Ben & Jerry’s. A ação convida marcas como Amstel, Doritos, Mercado Livre e Telecine – marcas que historicamente têm apoiado as LGBTQIA+ – a abraçar essa campanha que defende os direitos dessa população. Além de peças para online e mídia impressa, a campanha ainda conta com um filme, que incentiva as marcas a lutarem por essa causa. Toda a criação da campanha é assinada pela DAVID.

“A gente sabe que o caminho para acabar com a LGBTfobia é longo e envolve muitos processos, inclusive uma mudança de postura por parte do poder público. Esta campanha é apenas o primeiro passo para buscarmos a concretização de uma decisão que já deveria funcionar eficientemente. Usaremos o poder de comunicação da marca para engajar a sociedade reivindicando a aplicação da LGBTfobia na prática. Para além disso, chamamos outras marcas, porque para fazer mudanças sociais precisamos de movimentos em rede: cobrar por uma sociedade mais justa e inclusiva é papel de todos nos: sociedade civil, governos e também empresas”, afirma Rodrigo Santini, líder do negócio Ben & Jerry’s no Brasil.

“É tão lindo ver as marcas se posicionando no Mês do Orgulho. Por outro lado, como fica a comunidade LGBTQI+ nos outros 11 meses do ano, pois ainda sofrem com a invisibilidade e violência devido a ineficácia de políticas públicas? Nossa intenção é promover o abaixo-assinado, convidando o máximo de vozes para fazer coro a esse chamado das 500 mil assinaturas. Esse B.O. é de cada um de nós”, comenta Renata Leão, ECD da DAVID.

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