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Ipsos Public Affairs faz uma retrospectiva dos últimos 10 anos do Brasil

O Brasil passou e está passando por um período de transformações sociais e econômicas que estão redefinindo o conceito de ser brasileiro. Desde a ascensão da classe C, que recentemente vê o retorno de velhos medos, como os fantasmas da inflação e do desemprego batendo à porta, até o ápice da afeição e rejeição pelos políticos que tomaram a cena nacional.

Para entender mais sobre estas mudanças, a Ipsos Public Affairs – área especialista em pesquisa social e reputação corporativa – realizou na última quarta-feira (28), uma retrospectiva dos últimos 10 anos da pesquisa Pulso Brasil, que acompanha as tendências político-econômicas e sociais do país.

Dentre os dados apresentados foi apontado que entre os brasileiros voltou a crescer a percepção de que os problemas econômicos devem ser resolvidos em primeiro lugar e que as questões sociais voltam a ser secundárias. Dessa forma, saem questões que levaram a eleição do governo atual e voltam à pauta de reivindicação, fatores que definiram o pleito eleitoral na década de 90.

Além disso, a exigência por transparência ganha em relevância, visto que pela primeira vez, em 10 anos de acompanhamento, mais de 1 em cada 10 brasileiros consideram que o principal problema a ser resolvido no Brasil é a corrupção (14% da população).

Gráfico: Percepção dos brasileiros sobre principal questão a ser resolvida no país (% resposta do principal problema)

G1

Fonte: Ipsos – Pulso Brasil, pesquisa domiciliar nacional (N=1000 mensais casos entre 2005 e 2014; 1200 casos a partir de 2015).
* Foram classificadas como questões econômicas, problemas como: desemprego, inflação, salários baixos, fechamento de empresas, entre outros.
** Foram classificadas como questões sociais: saúde, educação, moradia, violência, fome.

O levantamento discute ainda a crise na representação política correlacionada com esta mudança de paradigma – baixa aprovação da população em relação aos políticos atuais, colocando em questão quais são as alternativas para o pleito de 2018.

O mês de setembro de 2015, fechou com 8% de aprovação da administração da presidente Dilma Rousseff. Os baixos índices de aprovação do governo da presidente já são uma realidade há vários meses no país e têm desencadeado diferentes discussões sobre a representatividade do governo na conjuntura atual.

Os dados da pesquisa Pulso Brasil revelam também um grau significativo de desconhecimento e desaprovação generalizada de todas as figuras políticas do cenário nacional, notadamente uma aprovação, especialmente baixa dos representantes máximos do poder legislativo.

Gráfico: Aprovação Políticos
(% Aprova e Desaprova a maneira como eles vêm atuando no país)

G2

Fonte: Ipsos – Pulso Brasil, pesquisa domiciliar nacional – onda Setembro 2015.

Além de analisar o brasileiro de diferentes perspectivas, como eleitor, cidadão ou consumidor, a Ipsos Public Affairs também mostrou como o Índice de Confiança do Consumidor, que mede em parceria com a ACSP – Associação Comercial de São Paulo, vem caindo progressivamente, principalmente no último ano.

G3

Fonte: Ipsos – Pulso Brasil (out/2014  à set/2015).

O atual momento de desconfiança e criticidade da opinião pública brasileira pode ter efeitos ainda mais perversos para permanência da crise econômica.

Os dados não coletaram somente índices negativos dos últimos 10 anos. Nos últimos três meses é possível observar uma estabilização dos indicadores de confiança.

“Pode ser somente um respiro de fim de ano, mas não encontrando o caos que esperava, o eterno otimista brasileiro já começa a acreditar que chegamos ao fundo do poço e apostar que daqui para frente só vai melhorar”, afirma Dorival Mata-Machado, Managing Director da Ipsos Public Affairs.

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