sábado, abril 20, 2024
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Caio Barsotti encerra seu ciclo com o CENP

Às amigas e aos amigos do mercado publicitário,

Ciclos começam e terminam o tempo todo. Neste momento, encerra-se o meu à frente do Cenp, para que um novo período de transformações possa se desenvolver com o sucesso que todos desejamos.

Sou grato pela confiança em mim depositada, indispensável para que houvesse condição de realizarmos um amplo trabalho em favor da publicidade brasileira e da autorregulação, tão benéfica à sociedade.

Quero expressar, sobretudo, minha gratidão a todos aqueles, voluntários e contratados, que participaram desta jornada, dedicando inteligência, sabedoria e principalmente tempo de suas vidas para contribuir com nossa entidade. Todos, sem exceção, ajudaram.

As realizações dos últimos 12 anos não têm protagonismo. Como tudo o que se faz em ambiente de autorregulação, coletivo e democrático, foram conquistas de todos que se empenharam na busca de benefícios para o nosso setor, focando sua atuação sempre nos melhores resultados.

Em 2009, quando fui contratado por Petrônio Corrêa, nosso primeiro presidente, saudoso líder e negociador à frente de seu tempo, estava claro que ele havia cumprido a fase mais importante do Cenp, sem a qual não teríamos chegado até aqui. Quero registrar que Petrônio foi muito além de minha contratação. Com dedicação e afinco, fez algo que é impagável: ele apostou suas fichas, aportou valor reputacional e o resultado foi minha eleição a presidente que se repetiu mais quatro vezes.

Obrigado, meu amigo “Coronel”, obrigado aos presidentes das entidades!

Iniciava-se, então, o fortalecimento dos principais fundamentos da nossa instituição.

Hoje, o Cenp é um hub que congrega 19 entidades (eram oito em 2009).  E os canais de participação foram ampliados: além do Conselho Superior e do Conselho de Administração e Governança, também estão em pleno funcionamento os Comitês Técnicos Cenp-Meios, de Mídia e Digital, sem contar os comitês temporários.

Desde 2010, é mandatório que as agências possuam a Certificação do Cenp para atender clientes públicos. Para isso, apoiamos aprovação e sanção da lei 12.232/10, tida, até hoje, como a única regulação criada para tratar de licitações e contratação de um serviço específico pela administração pública. São mais de mil as agências de publicidade certificadas.

Em 2017, o CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica, por decisão unânime de seus conselheiros, arquivou o processo instaurado em 2005 que analisava supostas condutas anticompetitivas de nossa entidade, com o reconhecimento do Marco Regulatório da Publicidade que define o modelo de negócios ao qual o Cenp serve como foro permanente, neutro e democrático de debate dos aspectos éticos e comerciais de interesse de toda cadeia produtiva da publicidade.

Muitas outras iniciativas se concretizaram. Queria destacar algumas delas.

Desde 2018, o Cenp-Meios, constituído com dados das agências, indica com precisão os investimentos em mídia. Uma ferramenta única no mundo, que tem ajudado a confirmar a importância e reconhecida competitividade do setor no cenário econômico. Neste sentido, recente estudo realizado pela Deloitte, O valor da publicidade no Brasil, surpreendeu o mercado ao apontar que cada real investido em publicidade rende mais de oito vezes à economia do País. São muitos os que consideram haver ligação direta entre a autorregulação e a eficiência da publicidade.

Atualmente, 16 fornecedores de serviços de informações de mídia estão credenciados pelo Cenp totalizando mais de 1.400 estudos e insumos de mídia com chancela técnica.

Um amplo acervo de ebooks e material audiovisual sobre os mais diversos aspectos da atividade estão disponíveis, com destaque para o livro Compliance na Publicidade, uma contribuição fundamental para a difusão e compreensão das leis e normas que norteiam as relações ético-comerciais da publicidade no Brasil.

Em 2010, quando iniciamos o que pode ser chamada de 2ª fase da vida do Cenp praticamente não havia recursos. Hoje o Cenp, além de não ter dívidas (seus últimos balanços auditados foram considerados full compliance), conta com elevados recursos próprios para sustentar suas atividades e investir, dispondo de uma administração que combina órgãos de elaboração e execução com organismos de controle interno e externo, reunindo condições objetivas para continuar sua trajetória.

Finalmente, mas não menos importante, um agradecimento especial aos jornalistas dos veículos que cobrem a publicidade, tanto pelo zelo e interesse em compreender a complexidade do ambiente de autorregulação, quanto pelo respeito e consideração para com o Cenp. Eles, sem exceção, exerceram o insubstituível e indispensável jornalismo profissional, a melhor arma no combate à desinformação.

Como profissional da propaganda, onde iniciei ainda adolescente, sou muito grato por ter participado desta história, deste legado. O Cenp é também um ciclo em minha trajetória. Estou neste momento dedicado à transição e continuarei sempre à disposição da nossa entidade. Podem contar comigo!

Vida longa ao Cenp!

Um forte abraço do Caio

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