segunda-feira, dezembro 23, 2024
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Na mídia programática, exposição indesejada da marca não é e nem nunca foi regra

Durante algumas décadas em nosso país, quando uma empresa desejava comunicar os reais atributos de seus produtos ou serviços aos seus consumidores finais, os caminhos para fazer essa comunicação eram os mesmos. Além da TV aberta, meio de comunicação com mais de 90% de penetração junto aos brasileiros, as empresas e suas agências de publicidade encontravam, ainda, a mídia impressa e, claro, o forte e importante rádio.

Porém hoje, muitos anos mais tarde, ainda que com o máximo respeito aos veículos e aos profissionais que atuam nessas frentes, devemos entender que é tudo muito diferente de antes. As coisas mudaram e a possibilidade das marcas entenderem o que seus targets realmente querem, como eles querem e onde eles estão tornou-se absolutamente possível.

A exposição paga de marcas no ambiente online trouxe às empresas anunciantes características bastante vantajosas e nunca encontradas até então nas mídias tradicionais, como por exemplo a possibilidade de mensuração de resultados de campanha, a interatividade com seus públicos em real-time, além da importante e tão desejada segmentação de público.

Poderíamos aqui até tratar detalhadamente das questões de interatividade e da mensuração, enormemente importantes e que permitem às marcas serem mais assertivas, estabelecerem um diálogo com seus consumidores e, claro, atuar de forma mais otimizada e rentável. Porém, o que queremos aqui discutir é a característica da segmentação de público.

A mídia programática é uma das mais relevantes formas de atuação em mídia digital e tem atraído bastante a atenção de gestores de marketing não só no Brasil, mas em todo o mundo. É uma mídia inclusive bastante democrática e, por isso, tem levado empresas pequenas e médias a anunciar até pela primeira vez. O fato ainda de possibilitar às marcas anunciantes maior otimização na compra da mídia, na implementação e na mensuração dos resultados obtidos, a torna por consequência também mais assertiva, contribuindo rapidamente para os objetivos de negócio das empresas.

Mas talvez a maior das diferenças esteja no fato de que a mídia programática quebra uma lógica imposta por profissionais de propaganda e publicidade por muitos anos: o foco não está mais no veículo de comunicação e sim, no target. Desta forma, nesse tipo de mídia estuda-se o comportamento das pessoas no ambiente digital e então a marca aparecerá somente para aqueles que desejam e que tenham demonstrado interesse naquele conteúdo. A mensagem de marca surge então, de forma contextualizada, para quem deseja receber aquele conteúdo, no momento que deseja, na frequência ideal e onde esse público estiver. Pode ser num site de esportes, na mídia social preferida ou mesmo dentro de um aplicativo que utilize. Certeza de gol.

Ocorre que nas últimas semanas, acompanhamos pela mídia um verdadeiro massacre ao setor de mídia programática.  O trabalho realizado pela chamada CPI das Fake News identificou e tornou público que o Governo Federal teria exibido ‘milhões de propagandas em sites maliciosos’ nos últimos meses e que isso ocorreu porque a veiculação se deu através de mídia programática.

“Na mídia programática, exposição indesejada de marca não é e nem nunca foi regra. O problema não está no uso da mídia programática. Está no uso inadequado da plataforma. Um planejamento bem feito cria filtros de brand safety, e a mensagem de marca aparece apenas em um ambiente seguro.”, diz Rodolfo Darakdjian, CEO da OPL Digital.

A OPL Digital é uma dessas empresas especializadas no tema. Com sede em São Paulo e também em Miami, nos Estados Unidos, a empresa investiu pesado na compra de tecnologia nos últimos anos, atua com uma DSP própria, e hoje tem como clientes governamentais, sendo alguns deles: Ministério da Saúde, Ministério do Turismo, Prefeitura de São Paulo, Eletrobrás, Caixa e Governo do Estado de São Paulo, além de clientes do setor privado como Schneider Electric,  BRF, Seara, Unilever,  Latam, Porsche, CCR, entre outras.

Para um anunciante que decida por comunicar seus produtos e serviços em mídia programática é extremamente importante que busque por empresas que sejam capacitadas e especializadas no tema. Prover cuidados básicos que impeçam as marcas de aparecerem em ambientes não seguros é essencial para quem trabalha com mídia programática.

Não se pode generalizar, e as recentes notícias que trataram das ações do Governo Federal não podem ‘carimbar’ ou marginalizar todo um mercado, que é composto por empresas e profissionais sérios e comprometidos com os resultados dos clientes. Uma ou duas empresas que tiveram tais equívocos não podem ser vistas como representantes de todo um setor.

É importante ressaltar que mídia programática não financia o crime e nem patrocina e nem compactua com nenhum tipo de fake news. Atualmente existem políticas de brand safety que, inclusive, são atualizadas constantemente e que eliminam os sites impróprios ou maliciosos.

As chamadas passlists, de uso bastante comum em mídia programática, possibilitam que a marca anunciante es colha exatamente os sites e aplicativos em que serão exibidos os anúncios, evitando destinos indesejados. Segurança na rede é preocupação número um de qualquer marca que esteja na rede.

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