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Nesta quarta-feira (29), o canal AgroMais apresenta o documentário Amazônia Azul, às 22h30. A expressão foi criada pela Marinha para conscientizar a sociedade sobre a importância dos oceanos, em uma alusão proposital à Amazônia Verde, que engloba a floresta, como explica Alexander Turra, professor do Instituto Oceanográfico da USP.
Na prática, trata-se do espaço marítimo brasileiro, incluindo a zona econômica exclusiva e a plataforma continental. Sua importância pode ser explicada pela soma de alguns fatores, dentre os quais estão a abundância de recursos naturais (petróleo, gás, minerais), biodiversidade marinha, contribuição econômica (pesca, turismo, energia), segurança nacional e potencial para pesquisa científica.
No filme, diferentes especialistas reforçam a necessidade de intensificar as ações de preservação dos ecossistemas marinhos. Uma das mais eficientes é a criação das chamadas Unidades de Conservação (UC), que são áreas protegidas pelo poder público em função de suas características naturais relevantes. O ideal é que elas existam em maior número e bem aparelhadas.
Ao mesmo tempo, há o consenso de que a relação com o mar precisa ser retrabalhada. Essa mudança tem que partir do indivíduo e precisa mobilizar toda a sociedade, em especial, a população costeira, para pôr fim à práticas como a da pesca predatória.
As transformações causadas pelas atividades humanas são somadas ao impacto das variações climáticas. Com destaque, por exemplo, a situação dos recifes de coral, cujos eventos de branqueamento e mortalidade em massa têm aumentado ano a ano.
Em síntese, o documentário deixa claro que os oceanos são de todos. Ao mesmo tempo, sua preservação nos impõem desafios constantes, não apenas do ponto de vista socioambiental, mas também econômico. O setor responde por quase 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil: fornece alimentos e impulsiona a indústria de turismo.
Amazônia Azul foi realizado pela Produtora Brasileira, com produção executiva e direção geral de Pedro Saad e direção e roteiro de Luciano Oreggia.