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VIVA CINEMATECA vai revitalizar acervo e percorrer o país

Pouco mais de um ano após a reabertura da Cinemateca Brasileira, processo de reconstrução liderado pela organização social Sociedade Amigos da Cinemateca, a entidade tem o prazer de lançar o PROJETO VIVA CINEMATECA, nesta quarta-feira (7), em cerimônia para parceiros, autoridades e imprensa. O anúncio contempla uma série de projetos e investimentos, incluindo a modernização e ampliação de sua sede na Vila Mariana, projetos de recuperação, catalogação e digitalização de seu acervo fílmico e uma grande programação cultural que vai passar por São Paulo e outras 12 cidades do Brasil.

O projeto será lançado em uma campanha com o objetivo de resgatar o papel do audiovisual na memória dos brasileiros e ressaltar a função da Cinemateca neste trabalho de preservação da história do país. São feitas referência a 10 grandes filmes e produções de TV nacionais, como Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), de Bruno Barreto, Central do Brasil (1998), de Walter Salles, e a novela Mulheres de Areia (1973), da TV Tupi.

Depois de anos de crise, o Viva Cinemateca representa um momento de comemoração para a Cinemateca Brasileira. Desde a reabertura, em maio de 2022, a instituição já recebeu mais de 125 mil visitantes e o público tem aumentado expressivamente. Até maio de 2023, foram cerca de 60 mil pessoas, entre espectadores das 250 sessões de cinema realizadas neste ano e visitantes de seus espaços públicos e de eventos de cultura e economia criativa organizados na sede.

O Viva Cinemateca é lançado como continuidade ao processo de retomada iniciado no ano passado. O projeto atua em diferentes frentes de ação, com foco na infraestrutura da instituição, na preservação de seu importante acervo e no trabalho de difusão da produção audiovisual brasileira.

MODERNIZAÇÃO E REFORMAS ESTRUTURAIS

Uma das principais frentes de ação do projeto pretende ampliar e modernizar a sede da Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Atualmente, está em curso o desenvolvimento do projeto executivo para as obras de ampliação da área de guarda e tratamento de acervo e restauração do conjunto arquitetônico histórico na Vila Mariana.

O projeto contempla a expansão dos espaços de laboratórios, reconhecidos internacionalmente, e atualização tecnológica, assegurando a sobrevivência de mais de 120 anos de história do cinema e do Brasil. Entre as intervenções previstas, estão ainda adaptações da Sala Oscarito e grandes intervenções nos depósitos de acervo. O objetivo é garantir que mais filmes e documentos possam ser preservados e difundidos.

PROJETOS DE PRESERVAÇÃO

Entre os projetos de preservação em andamento por meio do Viva Cinemateca, um dos destaques é o tratamento da coleção de nitratos (PRONAC 212939). Essa iniciativa visa catalogar, digitalizar e conservar os filmes em nitrato de celulose, que compõem a coleção mais antiga do cinema brasileiro, com registros audiovisuais que remontam à primeira década do século 20. Trata-se de uma oportunidade única de preservar e compartilhar esses registros com a sociedade. Uma amostra dos primeiros resultados do projeto será exibida no evento de lançamento nesta quarta-feira (7).

O Viva Cinemateca também inclui uma proposta de conservação, duplicação e difusão dos cinejornais do acervo do Canal 100 (PRONAC 221750), maior acervo cinematográfico do futebol brasileiro, além de diversos outros temas que marcaram a sociedade brasileira no período de 1957 a 1986. Além da qualidade inovadora das imagens, as coberturas futebolistas ganharam vida nas narrações de Cid Moreira e Corrêa Araújo, vozes tão características quanto a inesquecível marca ao fim das edições: a música Na cadência do samba de Luiz Bandeira, tornada célebre com o tema “que bonito é…”.

O projeto contempla, ainda, a modernização da infraestrutura técnica de projeção audiovisual, consolidando a excelência técnica das salas de exibição da Cinemateca Brasileira.

PROGRAMAÇÃO ITINERANTE

Para marcar seu novo momento, a Cinemateca Brasileira prevê uma série de ações especiais para 2023. A primeira delas é o lançamento da campanha Viva Cinemateca: uma campanha de mídia, de abrangência nacional, que apresentará os objetivos do projeto.

Em julho, a instituição irá promover o Festival Cultura e Sustentabilidade, um encontro para discutir a agenda ESG com os parceiros, trazendo reflexões sobre o tema para instituições e projetos culturais.

Outra frente do Viva Cinemateca é um programa de difusão que vai promover a circulação do acervo, debates, mostras nacionais, exposição e ações educativas. A programação não se restringirá a São Paulo, passando por outras 12 cidades do país.

Entre as ações, está a mostra itinerante A Cinemateca é Brasileira. De agosto a dezembro, irá percorrer o país uma seleção de 17 filmes que perpassam diferentes momentos históricos, propostas estéticas e abordagens temáticas, demonstrando a riqueza do cinema brasileiro ao longo dos mais de 120 anos de história.

A programação, que também conta com ações educativas e formadoras, vai visitar espaços culturais e salas de exibição de Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Canaã dos Carajás (PA), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luiz (MA) e Vitória (ES).

Em São Paulo, no mês de outubro, uma exposição homônima será aberta na sede da instituição. Maior acervo de filmes da América do Sul, a Cinemateca Brasileira contará a sua história e, consequentemente, a história do cinema brasileiro, por meio de uma mostra que vai mesclar acervos documentais e recursos digitais. Além da exposição presencial, está prevista também uma versão para o ambiente digital.

PATROCINADORES

O Projeto Viva Cinemateca conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, como patrocinador estratégico, da Shell, como patrocinadora master, e Itaú Unibanco, como copatrocinador.

Aprovado na Lei Rouanet, o projeto permite a empresas e pessoas físicas destinarem parte do imposto de renda para a iniciativa (Art. 18 da Lei Federal de Incentivo à Cultura).

CINEMATECA BRASILEIRA

A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social. O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.

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