quinta-feira, novembro 21, 2024
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Vale do Dendê acelera indústria de pequenas produtoras de áudio da BA

A organização social Vale do Dendê vem, desde 2017, fomentando empreendedorismo social, oferecendo programas de aceleração em áreas como economia criativa, gastronomia e tecnologia. Mais recentemente incluíram o segmento musical, com programas voltados para criadores de podcasts e produtores musicais, atingindo cerca de 500 profissionais dessa indústria na Bahia. Esta ação, em específico, possibilitará investimento nos próximos dois anos em pequenas empresas do segmento de áudio lideradas por afrodescendentes.

E, após três meses de treinamentos, mentorias e consultorias dentro do Programa de Incubação de Produtoras de Áudio, as empresas escolhidas tiveram acesso a investimentos que darão a elas a chance de participar mais fortemente no mercado musical. Ao todo, são 20 empresas selecionadas, sendo 15 produtoras de música e 05 produtoras de podcast – todas elas lideradas por pessoas negras, situadas em áreas periféricas de Salvador e RMS.

“O período em que essas empresas passaram conosco foi fundamental para dar aos incubados noções e referências no desenvolvimento dos processos de gestão e, assim, impulsionar o ecossistema de podcast e música da Bahia, reconhecido como um dos principais celeiros musicais e de criatividade do Brasil”, explica Paulo Rogério, co-fundador da Vale do Dendê. “Além disso, o ponto principal de toda esta ação é que os envolvidos vão receber um investimentos para aplicar em seus negócios, sendo R$50 mil para as produtoras de música e R$20 mil para as Produtoras de podcast”, conta Paulo, que salienta ainda que o grande problema de toda essa cadeia produtiva é o acesso ao investimento.

As empresas de podcast incubadas que foram selecionadas para o programa são:

▪         Do Nada, Um Podcast – @donadanoinsta

▪         Dr. Dendê – @dr_dende

▪         Estandarte Produções – @estandarte.producoes

▪         Pagode Por Elas – @pagodeporelas

▪         Umbu Podcast – @umbupodcast

As empresas de música incubadas que foram selecionadas para o programa são:

▪        Aiocá Produções – @aiocaproducoes

▪        Coliga Produções – @coligaproducoes

▪        Estúdio Caverna do Som – @estudiocavernadosom

▪        Estúdio Dubcilio do Ministério Público Sound System – @ministereopublico

▪        Faustino Beats – @faustinobeats

▪        Favellê Music – @favellemusic

▪        Instituto ÈKÓ – @ekoyoruba

▪        KALIFA LXXI – @kalifalxxi

▪        Lua Azul Produções – @luaazulproducoes

▪        MPN Records – @mpnrecords

▪        Muziek Mutantti – @muziekmutantti

▪        Nilo – @nilo.ent

▪        Nova Estação – @novaestacao2022

▪        Subterrâneo Records – @sub.rec

▪        TDL Music – @tdl071

Para Camila Brito, da Coliga Produções, a oportunidade de realizar uma troca efetiva com outros produtores de podcast e de áudio foi importante para que todos entendessem o mercado de forma mais ampla. “Toda a experiência foi fundamental para a Coliga Produções, que existe desde 2019, mas que só agora com essa incubação conseguiu estruturar o plano de negócios e ter acesso a um aporte que vai nos ajudar a crescer e a nos posicionar no mercado”, explica Camila.

“A participação neste programa foi importante porque nos ajudou a entender o que queremos com o nosso podcast porque antes não tínhamos essa visão mercadológica”, conta Milena dos Anjos, podcaster e co-idealizadora do Do Nada Podcast. Para ela, a experiência de estar junto de outros produtores foi importante sob o ponto de vista de estruturar os trabalhos e toda a área que estão incluídos.

Capital da Música

A Vale do Dendê resolveu fazer esse programa por entender o potencial e diversidade da cidade, que é reconhecida como Capital da Música pela UNESCO desde 2016 e o berço de movimentos culturais importantes para o Brasil como Samba, Tropicália, blocos afro, Axé Music e mais recentemente estilos como o Pagodão, Pagotrap e outras vertentes de música baiana contemporânea apelidadas por alguns produtores de “Nova Música Baiana”. A cidade é conhecida também pelo grande número de roteiristas, influenciadores e produtores de conteúdos digitais em áreas como moda, cultura e história afro e no segmento da comédia.

“Sonhamos e estamos trabalhando para que os criadores e grupos musicais daqui possam ganhar cada vez mais espaço neste meio, levando inovação e criatividade para outras fronteiras. A cultura da Bahia precisa ser divulgada para o mundo”, finaliza Paulo Rogério Nunes.

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