Rastro concebe e produz “Esse não é o Fim”, de Gilberto Gil

Gilberto Gil viaja pelo país em sua última grande turnê — Tempo Rei. Mas essa despedida não é um encerramento, e sim, um recomeço. A campanha “Conservar é a nossa arte”, proposta e desenvolvida pela Rastro em parceria com a Conservação Internacional, transforma o palco em plataforma para um chamado urgente: conservar a natureza também é uma forma de criar. E o tempo que ainda temos deve ser usado para plantar um novo começo.

A iniciativa é uma das ações da Conservação Internacional na agenda de mobilização rumo à COP30, que será realizada em 2025, em Belém (PA), e celebra os 35 anos da atuação da organização no Brasil. Presente em seis continentes e mais de 30 países, a Conservação Internacional atua desde 1990 protegendo os elementos essenciais da natureza, como água, alimento e biodiversidade, dos quais dependem a vida e os meios de subsistência da humanidade.

Para dar voz a essa história, o filme “Esse não é o fim”, narrado em primeira pessoa por Gil, apresenta manifesto poético que conecta sua trajetória à urgência climática, e faz um convite à transformação. Como canta (e ora) Gil em “Tempo Rei”: “o tempo corrói e lapida a vida”, sendo uma eterna força de mudança. Assim, a campanha desloca a narrativa do colapso para a renovação, em um tom provocador, positivo e esperançoso.

Mais do que uma causa, essa missão é um princípio que atravessa a própria obra de Gil. Desde os anos 70, o artista tem usado a música como uma forma de refletir sobre a relação entre os ciclos naturais e a criação humana. Sua trajetória tem fortes laços com a preservação ambiental: foi autor da criação da Comissão da Defesa do Meio Ambiente como vereador de Salvador, em 1988; virou embaixador da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) em 2001; como ministro da Cultura a partir de 2003, baseou sua gestão na Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural, da UNESCO. Desde 2005, o Camarote Expresso 2222 é desenvolvido com lixo zero, e em 2021, Gil regravou a canção “Refloresta” em apoio ao Instituto Terra. Gilberto Gil é também conselheiro da Conservação Internacional.

“Como a COP 30 terá enfim seu pé na Amazônia, queremos inspirar o mundo com a forma que o Brasil se relaciona com a natureza. De Djavan e Gil à Burle Marx, Sebastião Salgado e muitos outros. Nossa produção cultural e artística tem a natureza como parceira, não como cenário. Sem ela, nossa arte não seria como é. Conservar a natureza é conservar a cultura. Por isso, em 35 anos de C-I, ‘conservar é nossa arte´”, destaca Afonso Soares, diretor de Criação da Rastro.

A campanha envolveu os núcleos Agency e Studios da Rastro, além da Rastro Lab. Enquanto Agency ficou responsável pela estratégia, direção criativa, desenvolvimento de conceitos, key visual e conteúdo para redes sociais, Studios liderou a direção criativa e a produção audiovisual dos filmes e do shooting, garantindo que todas as etapas fossem unificadas até a entrega final.O primeiro desdobramento da campanha foi exibido no show de Gi

lberto Gil no Rio de Janeiro, no dia 31 de maio, na Marina da Glória, e se estenderá até a COP30, com ações em múltiplas plataformas e pontos de contato. “Conservar é a nossa arte” é mais do que uma campanha: é um manifesto vivo. Um convite à consciência, à ação e à beleza de começar de novo.