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OcupaTrans é selecionado pelo Programa Era

O OcupaTrans acaba de ser selecionado pela organização do Cannes Lions Festival Internacional de Criatividade para levar seis de seus participantes a 71ª edição do evento, a ser realizado em junho, na França. O OcupaTrans é um projeto que fomenta a acessibilidade e participação de pessoas transgênero em eventos e nos múltiplos espaços da indústria publicitária brasileira.

Escolhido entre mais de 200 inscrições de 51 países pelo Programa ERA (Equidade, Representatividade e Acessibilidade) do Cannes Lions – que tem o Estadão como representante oficial -, o OcupaTrans recebeu seis passes para o festival. Agora, busca apoios e patrocínios para financiar passagens, traslados, hospedagem e alimentação e, com isso, viabilizar a ida dos profissionais de publicidade selecionados ao evento.

“Todos os projetos inscritos são importantes, mas poucos deles têm um impacto de transformação na indústria como esse”, afirmou Frank Starling, Chief DEI Officer do Cannes Lions, ao informar sobre o festival ter selecionado o OcupaTrans entre as centenas de iniciativas inscritas no programa de equidade, representatividade e acessibilidade do evento.

Com apenas oito meses de atuação, o OcupaTrans já viabilizou o ingresso de dezenas de seus participantes – pessoas trans, travestis e não-binárias – no Festival do Clube de Criação e no Festival Whext, ambos realizados em São Paulo. Agora, com a sua aprovação pelo ERA do Cannes Lions, a meta se torna ainda mais ambiciosa: levar seis pessoas para o festival na França. O projeto conta com apoio e suporte logístico-operacional da produtora de som Pingado Áudio desde o seu lançamento.

“Seguimos criando oportunidades e assegurando a presença, representatividade e pertencimento da comunidade Trans em espaços relevantes, renomados e reconhecidos por toda a indústria de comunicação publicitária”, afirma Guilhermina de Paula, fundadora do Projeto OcupaTrans. “Nesse momento, necessitamos com urgência continuar impulsionando a inclusão de pessoas trans, travestis e não-binárias no mercado de trabalho brasileiro e, para isso, seguimos pensando em soluções práticas, vitalícias e reais. Dessa forma, esses profissionais também terão a oportunidade não apenas de aprender e crescer, mas também de estabelecer conexões significativas com líderes e mentores da indústria publicitária nacional e internacional”, acrescenta.

Guilhermina explica que o OcupaTrans solicitou à organização do festival, nesta primeira vez, a inscrição de apenas seis passes, devido à magnitude do festival e os custos para estar no evento. “Por ser o primeiro ano, a curadoria e seleção dos participantes, nesta edição, será realizada internamente, levando em consideração talentos que estão se destacando no mercado. No entanto, a nossa pretensão é de que, nos próximos anos, quando estivermos mais experientes e estruturados, haverá uma seleção mais ampla e pública dos participantes”, conta.

Para Lu Novelli, fundadora e sócia da Pingado Áudio, o apoio e fomento ao Projeto OcupaTrans é gratificante. “Ajudar a proporcionar oportunidades reais e a ampliação da visibilidade para pessoas trans, travestis e não-binárias para além de datas comemorativas e suas sazonalidades é algo com o que nos preocupamos desde sempre, pois inclusão, pertencimento, equidade, representatividade e compromisso com a diversidade realmente fazem parte da nossa essência”, diz, ao explicar os motivos que levam a sua produtora a ser parceira da iniciativa. Aliás, a fundadora do OcupaTrans, Guilhermina de Paula, faz parte da equipe da área de atendimento e produção executiva da Pingado Áudio.

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