Deixa eu te contar uma coisa. Tem executivos brilhantes perdendo espaço — não por falta de competência, mas por ausência de presença. E não estou falando de aparecer mais. Estou falando de ser reconhecido pelo que você defende.
O jogo mudou (e você pode não ter percebido)
Antigamente, um bom currículo e resultados sólidos eram suficientes.
Hoje? São pré-requisitos.
O que separa executivos que influenciam de executivos que apenas ocupam cargos é algo muito mais profundo:
Clareza de valores públicos.
E aqui está a verdade incômoda que ninguém te conta:
Se você não se posiciona, alguém está se posicionando por você.
Os dados que vão te fazer repensar
Recentemente, uma pesquisa global com mais de 5 mil profissionais de alto nível revelou algo perturbador:
82% dos talentos de excelência consideram os valores públicos do líder antes de aceitar uma proposta.
Não o salário. Não os benefícios.
Os valores.
E mais: empresas lideradas por executivos com posicionamento claro em temas como sustentabilidade, diversidade e inovação têm:
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· 47% mais facilidade em atrair talentos top
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· 3x mais credibilidade com investidores
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· 56% mais engajamento dos colaboradores
Lê de novo. Devagar.
Sua marca pessoal é o ativo invisível que multiplica (ou sabota) todos os outros.
O custo real da neutralidade estratégica
Você pode estar pensando: “Mas Paulo, prefiro deixar meu trabalho falar por mim.”
Eu entendo. Mas preciso ser honesto contigo:
Em 2025, neutralidade não é segurança. É irrelevância.
Sabe aquele executivo que você admira? Aquele que todos querem contratar, que fecha negócios antes da primeira reunião, que atrai os melhores sem precisar de headhunter?
Ele não é melhor que você tecnicamente.
Mas ele tem uma coisa que você não tem: uma reputação que trabalha por ele 24/7.
E essa reputação foi construída com intenção, não por acaso.
O que líderes com marcas fortes fazem diferente
Eles não esperam ser convidados para falar. Eles criam as conversas.
Eles não evitam polêmicas. Eles se posicionam com coragem e coerência.
Eles não romantizam vulnerabilidades. Mas mostram, com estratégia, o que defendem e por que pensam como pensam.
Eles entendem três verdades fundamentais:
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1. Autenticidade é intencional Não é só “ser você mesmo”. É saber exatamente quais narrativas refletem sua essência, geram conexão e sustentam sua reputação.
2. Reputação se mede, não se intui Análises de sentimento, mapeamento de temas associados ao seu nome, percepção de mercado — tudo isso virou ferramenta essencial para ajustar o posicionamento antes que o mercado faça isso por você.
3. Valores públicos não são opcionais Líderes que evitam se posicionar estão perdendo espaço para quem fala com clareza sobre temas como sustentabilidade, diversidade, ética e inovação responsável.
O que isso significa na prática
Imagine dois executivos com o mesmo currículo, mesma experiência, mesmos resultados.
Executivo A:
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· Tem um perfil corporativo padrão
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· Aparece em eventos quando convidado
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· Deixa a empresa falar por ele
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· Responde quando perguntado
Executivo B:
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· Tem uma narrativa clara sobre sua jornada e valores
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· Cria conversas relevantes sobre o futuro do setor
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· Usa sua voz para amplificar causas que acredita
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· É procurado antes mesmo de surgir a oportunidade
Quem você acha que vai longe?
Quem headhunters procuram primeiro?
Quem conselhos querem ter?
Quem investidores confiam mais?
A resposta é óbvia. Mas a maioria dos executivos continua sendo o “A”.
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A ilusão da “discrição profissional”
“Mas Paulo, prefiro ser discreto. Não quero exposição.”
Olha, eu respeito. De verdade.
Mas preciso te fazer uma pergunta:
Você é discreto ou é invisível?
Porque existe uma diferença gigante entre:
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· Ter estratégia de comunicação seletiva → discreto
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· Não ter narrativa nenhuma sobre quem você é → invisível
E em um mundo onde confiança é a moeda mais escassa, líderes invisíveis simplesmente não inspiram.
O processo que transforma competência em autoridade
Personal Branding não é sobre aparecer mais.
É sobre ser reconhecido pelas razões certas.
E isso passa por três pilares estratégicos:
Pilar 1: Clareza de identidade
Quem você é além do cargo? Quais valores são inegociáveis? Que legado quer construir?
Se você não sabe responder isso em 30 segundos, você não tem marca pessoal. Tem apenas função.
Pilar 2: Consistência narrativa
Sua comunicação está alinhada com seus valores? O que as pessoas dizem de você quando você não está na sala corresponde ao que você quer projetar?
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Dado virou bússola reputacional. E quem não lê seus próprios sinais está à mercê da narrativa dos outros.
Pilar 3: Coragem para se posicionar
Quais temas você defende publicamente? Onde você está criando conversas relevantes? Como está usando sua posição para iluminar caminhos?
Sua marca não tem significado como fim em si mesma. Trabalhar sua marca não é sobre brilhar, mas sobre iluminar caminhos.
O que você está deixando na mesa
Cada dia que você adia construir sua marca pessoal com intenção, você está perdendo:
→ Oportunidades de negócio que nunca chegam até você
→ Talentos que preferem trabalhar com líderes visíveis
→ Investidores que buscam executivos em quem confiam
→ Influência institucional que vai para quem fala primeiro
→ Legado que poderia estar sendo construído agora
E o mais triste? Você nem sabe o que está perdendo.
Porque oportunidades que não chegam não fazem barulho.
E agora?
Você pode continuar acreditando que seu trabalho vai falar por você.
Ou pode entender que, em 2025, quem não conta sua própria história fica à mercê da história que os outros contam sobre você.
A autoridade do futuro é feita com:
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✓ Consistência de valores
✓ Clareza de mensagem
✓ Dados como apoio de decisão
✓ Presença que inspira, não que impõe
Não é sobre ser celebridade corporativa. É sobre ser referência.
E referência não surge por acaso. É construída com estratégia, coragem e consistência.
P.S.: Antes de tentar ser visto, entenda o que sua marca já está dizendo sobre você.
Porque se ela não estiver contando a história certa — e pior, se você nem souber qual história ela está contando —.
Você ainda tem tempo de reescrever.
Mas o tempo está passando.
E você? Sabe exatamente como o mercado te percebe? Ou está apenas assumindo?
Compartilha aqui: qual foi a última vez que você parou para avaliar sua reputação profissional de forma estratégica?
E então, bora trabalhar essa marca pessoal?
Paulo Moreti | Personal Branding Specialist
