Cada real investido em publicidade em 2020 gerou 8,54 reais para a economia brasileira. A conclusão é do estudo “O valor da publicidade no Brasil”, encomendado pelo CENP à Deloitte e que já foi feito no Reino Unido e outros países.
“O efeito multiplicador do investimento em publicidade já é bem conhecido tanto pelos anunciantes quando pelos estudiosos do assunto”, diz Caio Barsotti, presidente do CENP. “O estudo da Deloitte reafirma esta certeza e baliza o fator de multiplicação da publicidade no Brasil, mesmo em um ano marcado por enormes desafios em razão da tragédia da pandemia”.
“Investir em publicidade sempre foi um bom negócio”, diz Daniel Queiroz, presidente da Fenapro, Federação Nacional das Agências de Propaganda. “Quando associado a uma agência, o anunciante consegue construir a sua marca, aumentar a suas vendas e sustentar a sua estratégia de atuação no mercado”.
O estudo baseou-se em dados da Kantar Ibope Media e CENP-Meios e apurou que o investimento em mídia no ano passado, da ordem de R$ 49 bilhões, foi acompanhado por um aumento do PIB estimado em R$ 418,8 bilhões.
Para Mario D’Andrea, presidente da ABAP, o estudo comprova, em números, o que a entidade vem defendendo há anos: “a enorme importância da publicidade na geração de riquezas para o país. A publicidade não beneficia apenas os anunciantes e veículos, ela traz enormes benefícios econômicos para o PIB brasileiro, cria empregos, dissemina a informação. É a indústria que impulsiona as outras indústrias”.
Já Clarissa Gaiatto, diretora da Deloitte, explica que o estudo encomendado pelo CENP é o mais abrangente levantamento sobre o impacto da publicidade na economia do Brasil. “Compilamos, no relatório, os dados econômicos mais relevantes do setor a partir de entrevistas com líderes da publicidade no Brasil, representando agências, veículos de comunicação, entidades do setor, anunciantes, consultorias em marketing e institutos de pesquisas. O resultado traz um mapeamento rico e fundamental para que se entenda sobre os benefícios da publicidade, os desafios e tendências do setor, bem como comportamento dos consumidores”, destaca.