segunda-feira, maio 19, 2025
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Dia do Automóvel tem queda de 36,7% em publicidade

Embora o Dia do Automóvel, comemorado em 13 de maio, celebre os veículos, a data também marca um importante capítulo da infraestrutura viária brasileira: a inauguração da primeira autoestrada do país. Criado em 1934 pelo decreto nº 24.224, assinado por Getúlio Vargas, o dia remete à abertura da rodovia Rio-Petrópolis, em 1926 — hoje parte da BR-040, batizada como Rodovia Washington Luís, em homenagem ao presidente responsável pela obra.

Inspirada por esse marco da mobilidade, a Tunad — plataforma de inteligência de mídia e engajamento de marcas — analisou o comportamento recente da indústria automotiva no campo da comunicação. O estudo aponta uma queda expressiva de 36,7% nos investimentos publicitários em TV aberta, ao comparar os primeiros quadrimestres de 2024 e 2025. Os aportes caíram de R$ 271,1 milhões para R$ 171,4 milhões. Ainda assim, os quatro primeiros meses de 2024 concentraram 61% de todo o valor investido pelos anunciantes do setor nos dois anos.

No ranking de marcas que mais investiram em 2024, a liderança foi da Chevrolet, com mais de R$ 60 milhões, seguida por BYD (R$ 41 milhões), Renault (R$ 27,9 milhões), Citroën (R$ 25,2 milhões) e Hyundai (R$ 21,9 milhões). Já em 2025, a BYD saltou para a primeira posição com R$ 32 milhões, à frente de Volkswagen (R$ 28,9 milhões) e Chevrolet (R$ 28 milhões). Hyundai (R$ 14 milhões) e Renault (R$ 12 milhões) fecharam o Top 5.

No volume de inserções, a Ford se manteve na liderança nos dois anos analisados — foram 7.199 em 2024 e 5.466 em 2025. No ano passado, completavam o Top 5 Mitsubishi (2.395), Honda (2.144), BYD (1.919) e GWM (1.789). Já em 2025, a vice-liderança ficou com a BYD (3.586 inserções), seguida por Jeep (2.124), Toyota (1.530) e Chevrolet (1.404).

Para Cesar Sponchiado, fundador e CEO da Tunad, essa retração tem duas explicações principais:

“A redução na TV aberta em 2025 reflete um movimento contínuo de readequação de mídia, com as montadoras redistribuindo seus investimentos da TV linear tradicional para a CTV e outros canais digitais. Soma-se a isso um cenário econômico desafiador, com crédito caro e juros elevados, o que exige das marcas estratégias mais cautelosas”, afirma.

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