A Childhood Brasil e o Instituto Liberta colocam na rua, neste Carnaval, o bloco de enfrentamento ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. A parceria entre as duas organizações visa dar o tom correto ao enredo da maior festa popular do país: dizer não à exploração sexual!
“A nossa união dá o tom que queremos para a maior festa do país: folia sim, mas infância e adolescência protegidas sempre”, diz Luciana Temer, diretora-presidente do Liberta. Para Laís Peretto, diretora-executiva da Childhood Brasil, “atuar para assegurar um carnaval seguro, sem abuso e exploração sexual, tem de ser uma causa de toda a sociedade”.
O crime é caracterizado pela relação de uma criança ou adolescente com adultos em troca de pagamento em dinheiro ou outros benefícios. Por diversos fatores, grandes eventos aumentam ainda mais os riscos de violências contra esse público.
Para dar visibilidade ao problema, o Instituto Liberta e a Childhood Brasil preparam uma campanha em diversas partes do país, com o apoio de parceiros de diferentes setores. A Liga das Escolas de Samba de São Paulo, hotéis de Salvador (BA) e as empresas do Programa Na Mão Certa já aderiram ao movimento. Mais de 2 mil pontos de mídia Out of Home (OOH) administrados pela JCDecaux em São Paulo, Rio de Janeiro e Natal reforçam a mensagem da campanha em relógios de rua.
O enxoval ainda conta com ventarolas (espécie de leque) que serão distribuídas gratuitamente aos foliões, em uma parceria com o Ministério Público da Bahia, e inserções de peças publicitárias em mídia impressa. Os materiais destacam que o carnaval é folia e diversão, mas que “a exploração sexual de crianças e adolescentes NÃO!”. As peças também indicam o número de denúncia, Disque 100. Estudos revelam que apenas 10% dos casos de violência sexual infantil são denunciados no Brasil.