O Cenp-Meios fechou os indicadores dos investimentos em mídia de 2022 e apontou crescimento de 7,6% no ano, comparado a 2021. Os valores acumulados chegaram a R$ 21,2 bilhões, frente a R$ 19,7 bilhões do período anterior. O Fórum de Autorregulação Publicitária também registrou aumento no volume de agências participantes: a leitura de 2021 contemplava 298 agências e em 2022 são 326 empresas.
Os dados confirmam a percepção de um ano, embora desafiador, com sinais consistentes de evolução. Vale ressaltar que, no primeiro semestre de 2022, o indicador de evolução do mercado do Cenp-Meios chegou a 12,5%, diante de 2021, indicando ainda os reflexos da base mais baixa no ano anterior devido aos impactos da pandemia de Covid-19.
A instabilidade com a então definição de novo governo, horário eleitoral nas grades de programação e a Copa do Mundo fora da época, que canibalizou investimentos da Black Friday e do Natal, estão entre as razões que podem explicar este cenário. “Foi um ano de retomada das atividades econômicas, mas ao mesmo tempo de muitas incertezas provocadas tanto pelas eleições quanto por fatores externos como a Guerra da Ucrânia. Mesmo assim, os investimentos publicitários tiveram crescimento acima da inflação”, diz Luiz Lara, presidente do conselho do Cenp.
Para 2023, Salles Neto, coordenador do Comitê Técnico de Métricas e Indicadores do Cenp, aposta em nova curva ascendente. “O mercado vai seguir investindo e apostando em presença na mídia para reter a atenção dos consumidores. Não tenho dúvidas que marcas, agências, veículos e plataformas digitais buscarão novas alternativas para fazer a roda girar”. Mesmo olhar de Lara: “Costumo dizer que ninguém se levanta de manhã para ver propaganda. E, ainda sim, nunca se consumiu tanta mídia neste País, como reiteram os próprios dados do Cenp-Meios”.
Outras informações sobre o Cenp-Meios, acesse: