quinta-feira, março 28, 2024
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Instituto Ayrton Senna lança eduLab21

O Instituto Ayrton Senna acaba de lançar o eduLab21, um laboratório de inovação dedicado à produção e disseminação de conhecimento científico para a melhoria da educação pública no Brasil. Constituído por uma rede multidisciplinar de parceiros ao redor do mundo, o eduLab21 terá como missão contribuir para que todas as crianças e jovens tenham acesso a uma educação que prepare para a vida no século 21.

“O desafio é trazer a escola do século 19 para o século 21 ou, dito de outra forma, levar o século 21 para dentro da escola”, explicou Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna. Para Ricardo Paes de Barros, economista-chefe do Instituto Ayrton Senna e um dos líderes do eduLab21, esse descompasso entre o que o mundo exige e o que a escola oferece é uma das principais causas da falta de engajamento dos jovens com a educação. “Quase um milhão de jovens abandonam a escola durante o ano letivo no Brasil. A gente acredita que isso tem muito a ver com uma escola do século 19 sendo apresentada para alguém do século 21”, afirma.

Para melhorar a qualidade da educação, o Instituto Ayrton Senna vem investindo em iniciativas de aproximação entre cientistas e gestores públicos de educação.  “Há 20 anos, o Instituto trouxe para a educação dois paradigmas que não existiam na época, o da escala e o da eficiência, que são princípios da economia e da administração moderna. O que nós queremos fazer agora é trazer as outras ciências para a educação, a psicologia, as neurociências, todas as que puderem apoiar políticas públicas que preparem as crianças para o século 21”, completa Viviane Senna.

Para fazer a ponte entre o conhecimento das ciências e o mundo da educação, o laboratório edulab21 irá produzir e mapear conhecimentos sobre quais são, como se desenvolvem e como se avaliam as competências importantes para se viver no século 21; sistematizar esses conhecimentos em uma base de referência útil e acessível a gestores, professores e demais atores comprometidos com a melhoria da educação; e disseminar esses conhecimentos via iniciativas de difusão e de cooperação técnica para desenho de políticas públicas.

O laboratório contará com dois polos de trabalho para produção e disponibilização de conhecimento científico para a formulação de políticas públicas baseadas em evidência. A função de produção de novos conhecimentos será conduzida por uma cátedra na Universidade de Ghent, na Bélgica, coordenada pelo psicólogo Filip de Fruyt. A função de “tradução” e “customização” desses conhecimentos para apoiar o desenho de políticas públicas será conduzida pela Cátedra Instituto Ayrton Senna e pelo Núcleo de Pesquisas Ciências para Educação no Insper, ambos coordenados pelo economista-chefe do Instituto Ayrton Senna, Ricardo Paes de Barros.

Segundo Barros, o diferencial do trabalho do laboratório é a aplicação do conhecimento. “Nada disso é desenvolvido sem ter uma escola, sistemas educacionais envolvidos. Nós estamos trabalhando com Rio de Janeiro, Ceará e Santa Catarina em coisas muito específicas, algumas tratam do sistema educacional como um todo, outras da unidade escolar e outras dentro da sala de aula”.

Para garantir que os projetos do laboratório sejam concebidos e conduzidos de maneira a responder aos principais problemas enfrentados pelas redes públicas de educação no Brasil, o laboratório conta com um Conselho Consultivo formado por gestores de educação que atualmente conta com seis secretários estaduais de educação (atuais secretários do Acre, Ceará, Goiás, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina).

Para Fred Amâncio, secretário de educação de Pernambuco e membro do Conselho Consultivo, esse diálogo entre gestores e cientistas é fundamental para a construção de “uma nova escola” para o “novo jovem”. “O principal papel dos secretários de educação no Conselho será promover a aproximação do trabalho desenvolvido pelo eduLab21 do dia a dia das salas de aula e da construção das políticas públicas”, afirma.

De acordo com Tatiana Filgueiras, diretora do eduLab21, essa aproximação entre cientistas e gestores para a promoção da educação para o século 21 exigirá uma mudança na forma de pensar e agir de todos os agentes envolvidos na educação. “A gente precisa mudar a atitude, não só a do pesquisador, na forma com a qual ele chega até quem está desenhando e implementando políticas públicas, mas os decisores precisam se pautar mais em dados nas suas decisões e quem está no chão da escola precisa entender que o conhecimento que está sendo produzido ali precisa voltar para as pesquisas e retroalimentar a cadeia de conhecimento. É um círculo virtuoso que precisa funcionar”, afirma.

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