A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, foi eleita a Empresa do Ano no prêmio “As Melhores da Dinheiro 2015”, entregue na noite desta quinta-feira (24), pela revista IstoÉ Dinheiro, da Editora Três. Em 2014, seu lucro líquido cresceu 110% em relação a 2013, chegando a R$ 2,1 bilhões. Já seu faturamento subiu de R$ 27,7 bilhões para R$ 29 bilhões. A empresa também foi a vencedora no setor “Alimentos”.
“O nosso sonho é muito simples: queremos ser a empresa de alimentos mais inspiradora do mundo”, disse Flávia Faugéres, general manager da BRF. A executiva ainda afirmou que a companhia tem obrigação de desenvolver inovações e aprimorar cada vez mais seus produtos. “Queremos ser globais, mas mantendo nossa alma brasileira”, finalizou.
Outras cinco empresas foram homenageadas pela excelência de gestão em áreas específicas: Alpargatas, em Governança Corporativa; Totvs, Inovação e Qualidade; Unilever, Responsabilidade Social e Meio Ambiente; Lojas Renner, Recursos Humanos; e Itaú Unibanco, Sustentabilidade Financeira. Além destas, foram também premiadas as campeãs de 29 setores da economia.
“A premiação As Melhores da Dinheiro é de extrema importância para o mundo corporativo, especialmente em um ano difícil como este, quando somente os melhores gestores sobrevivem e ganham mercado. O anuário mostra que as empresas tiveram, em média, desempenho acima do esperado. As mil maiores cresceram 11,4% no ano passado”, conta Milton Gamez, diretor de núcleo da IstoÉ Dinheiro e coordenador-geral do prêmio.
Dentro do universo das empresas do ranking, outro dado interessante é que 595 delas conseguiram aumento da receita acima da inflação de 6,5%. Outras 241 tiveram queda nas vendas. “No conjunto, o faturamento dos grupos listrados superou a casa dos R$ 4 trilhões, equivalentes a 72% do PIB brasileiro, que girou em torno de R$ 5,5 trilhões em 2014”, completa Gamez.
A 12ª edição do evento contou com a presença de aproximadamente 400 convidados, entre eles autoridades como o o governador de São Paulo, Geraldo Alckimin; o ministro da Fazenda, Joaquim Levy; o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga; o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, entre outros.
“O Brasil é um grande barco, um excelente barco que não vai se perder em sua travessia”, disse o ministro da Fazenda durante discurso. Levy explicou que o País precisa de três pilares econômicos, que já estão em curso, para retomar a trajetória de crescimento do Brasil. Os pilares são: reequilíbrio cíclico, clareza fiscal e reformas estruturais da economia. O ministro ressaltou que as medidas “cíclicas” já foram tomadas, de curto prazo, o “que nos dá tranquilidade para seguir”. “Podem estar represadas, não se percebem todos os efeitos no momento, mas os resultados virão”, concluiu.