domingo, dezembro 22, 2024
Programa Grandes Nomes da Propaganda no canal Markket
InícioAgênciasCom liderança feminina, Publicis Groupe cresceu 22%

Com liderança feminina, Publicis Groupe cresceu 22%

A receita orgânica global do Publicis Groupe cresceu 22% em 2022, superando os 10,1% estimados pelos analistas e os 8,5% previstos pelo próprio grupo. Esse crescimento foi impulsionado principalmente por dados e tecnologia, mas não se pode deixar de mencionar o papel fundamental das mulheres na liderança e em cargos estratégicos do grupo. Na Publicis Brasil, por exemplo, 63% da liderança é feminina, enquanto na DPZ esse número é de 57,6%.

Monica Gadsby, CEO do Publicis Groupe na América Latina, reforça a importância delas nos negócios. “Para que a essência dos nossos clientes seja verdadeiramente transmitida para o público, é preciso olhar para a pluralidade do nosso quadro de colaboradores, vendo que essa diversidade impacta diretamente nas entregas e na performance criativa.  Queremos que elas continuem crescendo e se desenvolvendo, levando seus talentos e olhares únicos para cada um dos nossos projetos”, diz.

Entretanto, nem sempre o mercado publicitário foi acolhedor com as mulheres.

“Demorei anos para entender o quanto eu me masculinizei para sobreviver nos departamentos de criação e agências por onde passei, todos liderados por homens. Acredito que um dos maiores impactos da liderança feminina hoje seja garantir que nenhuma mulher – negra, branca, trans – sinta que precisa deixar de ser quem é para pegar bons jobs e crescer na profissão. Porque é exatamente ser quem nós somos que traz pluralidade e riqueza de repertório para uma entrega criativa mais contemporânea e de alto nível.”, afirma Dani Ribeiro, Diretora-Executiva de Criação na Publicis Brasil.

“Mulheres lutaram por décadas para provar que poderiam liderar como homens. Agora, finalmente, estamos encontrando nosso espaço e trazendo habilidades que beneficiam as empresas. Somos resilientes, empáticas e multitarefas. Na Leo Burnett TM, valorizamos a diversidade, desafios individuais e buscamos a igualdade de gênero. Somos muitas mulheres em um ambiente de colaboração e acolhimento.”, comenta Leticia Meira, EVP, Creative Business na Leo Burnett TM

No total, as agências e empresas que compõem o Publicis Groupe Brasil tem uma média de 57% de mulheres em cargos estratégicos e criativos, que entregam diariamente resultados únicos, levando um olhar colaborativo e cultural diante de diversos cenários apresentados pelos clientes e pelo mercado. Dessa forma, centenas de perspectivas são apontadas e discutidas, levando a criação para um novo patamar de mercado.

“Líderes mulheres tendem a ser mais preocupadas com o coletivo, em como suas ações e do seu time impactam os outros. Tendem a cooperar mais, ouvir e dividir mais informações com a equipe e ter uma visão holística e de mais longo prazo do que os homens. Para os clientes, mulheres na liderança, e mulheres diversas, trazem pluralidade para a comunicação e minimizam a reprodução do machismo presente na sociedade na propaganda. Isso, por si só, já é muita coisa.”, diz Ana Hernandes, Diretora Geral na Le Pub.

Entre várias iniciativas para apoiar as mulheres dentro do grupo, destaca-se o Viva Women. Neste projeto, são abordados temas relacionados à mulheridades, inclusão no mercado de trabalho, aceleração de carreira e outros assuntos relevantes por meio de palestras com convidados, rodas de conversa e ações sociais. O objetivo é que a cultura organizacional do grupo no Brasil se reflita em ações e posicionamentos de todas as agências em relação à inclusão, desenvolvimento de carreira e cuidados no dia a dia de trabalho.

“Não tem como lutar para ter uma liderança feminina sem que isso também impacte todas as outras inclusões. É por meio deste movimento que estamos construindo um ambiente corporativo cada vez mais inclusivo. Em um país onde o número de mulheres ultrapassa em mais de 5 milhões a quantidade de homens na sociedade, é importante que essa representatividade também seja refletida na forma como criamos e vendemos as marcas.”, comenta Deh Bastos, Diretora de Criação na Publicis Brasil.

O Grupo Publicis entende que cada evolução apontada e cada crescente numérica em ações e contratações femininas e de outros recortes como LGBTQIAPN+ e pessoas negras, representam um avanço na entrega de resultados inclusivos e na correção de grandes problemas sociais que ainda precisam ser enfrentados.

“Liderar requer vontade de fazer acontecer, conhecimento e talento, independente de gênero. Com a presença de mulheres em cargos de liderança, já podemos notar a diferença em uma gestão mais empática, respeitosa e atenta às necessidades das equipes e clientes. Estamos quebrando padrões e trazendo uma visão de oportunidades igualitárias. Não é mais sobre imposições, é sobre construções, não é mais sobre competitividade, mas sobre colaboração. Como resultado, estamos construindo uma nova cultura.”, destaca Marilia Queiroz, Diretora de Negócios na ARC.

Segundo Leticia Milião, Gerente de BI na Talent Marcel, “Ter mais mulheres em cargos de liderança na publicidade é mandatório para que possamos romper padrões, trazer novas perspectivas e criar uma publicidade mais relevante e com propósito. A diversidade da equipe, em gênero, raça, classe e origem, está diretamente ligada à qualidade das entregas. Acredito que meu maior impacto em quase 14 anos de publicidade tem sido trazer um olhar diferente, que foge do padrão, trazendo insights baseados nas minhas vivências e observações como mulher de Duque de Caxias. Isso tem resultado em conceitos, estratégias e criações mais relevantes e alinhadas com as pautas importantes da sociedade.”

O recorte racial também é uma pauta abordada pelo grupo, por meio de ações afirmativas criadas pelo PWR*, que engloba todas as pessoas colaboradoras pretas e pardas das agências e empresas do Grupo Publicis Brasil. Esse projeto visa desenvolver essas pessoas para que, por meio de suas vivências e ancestralidade, entreguem um olhar plural e inclusivo para marcas, empresas e consumidores.

“Pode ser por conta de minha ancestralidade, pois na África mulheres em posições de liderança não eram motivo de estranheza. No entanto, essa é uma busca ainda constante nessa civilização. Algo que não só causa estranheza, mas também diferença salarial e de oportunidades. Oportunizar e abrir caminhos são passos essenciais, porém acolher vem se configurando com algo indispensável. Meu olhar e atuação, principalmente a partir do Grupo de Afinidade de Mulheridades, tem sido apoiar e viabilizar que cada vez mais as mulheres possam ocupar espaços, sendo elas mesmas, sendo respeitadas e valorizadas e que todo o potencial que trazem consigo, possam ser reverberados em nosso modelo de negócios e em nossas entregas.”, afirma Rejane Romano, Diretora de Comunicação Corporativa na DPZ.

O aumento da representatividade feminina em cargos de liderança é essencial, uma vez que as mulheres desempenham um papel social importante dentro de suas famílias e comunidades. Alcançar essas posições é um reconhecimento do esforço e do valor que as mulheres têm na sociedade.

Fernanda Galvão, Diretora de Negócios na Publicis Health, destaca que a promoção da equidade de gênero nas empresas traz benefícios medidos por entidades como a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que estima um aumento de até US$ 6 trilhões no PIB com a equidade nos salários, e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que aponta um crescimento de 35% no PIB global com a igualdade de gênero nas relações de trabalho. Em nosso país, as mulheres sustentam financeiramente 45% das famílias, mas apenas 3% ocupam cargos de liderança.

“Apostar em lideranças femininas vai muito além da representatividade. Em nosso país, as mulheres sustentam financeiramente 45% das famílias, mas apenas 3% ocupam cargos de liderança. O ganho social, portanto, é inegável, mas é muito mais sobre nossa capacidade de reinvenção. Compartilhar as histórias de conquistas de mulheres que conseguiram se colocar em posições relevantes, difundir que é possível alcançar grandes cargos – mas que também é possível fazer a diferença em cargos que não são vistos com tanto holofote – e alterar a estrutura cultural das organizações é o ponto chave de transformação.”, comenta a executiva.

Artigos relacionados

Novidades