AfroReggae e a agência Artplan criaram o ‘Dicionário de Gêneros’. Produzido em um formato colaborativo (similar ao que acontece no Wikipedia), o objetivo é reunir interpretações sobre o tema e, a partir delas, criar novos verbetes que representem a diversidade também na língua portuguesa.
Com o conceito ‘Só Quem Sente Pode Definir’, o endereço http://dicionariodegeneros.com.br conta com espaço didático que explica a diferença entre ‘orientação sexual’, ‘sexo’ ou ‘identidade de gênero’; permite que qualquer pessoa crie a definição sobre o gênero com que se identifica, e compartilhe com os amigos via redes sociais. Todos os textos também se atentam para a utilização da letra “e” como marcador de gênero das palavras, para ‘combater’ a binariedade da língua portuguesa, que reconhece apenas o masculino e o feminino, e estimula a utilização da #SomosTodosGente para identificar as ações de inclusão sobre o tema.
Para lançar a plataforma, dezenas de pessoas foram consultadas sobre as características que definem cada um dos mais de 60 gêneros identificados pelas pesquisas da equipe envolvida no projeto. Em seguida, representantes de diversos gêneros foram convidados a participar de um vídeo depoimento com as interpretações de cada um sobre a própria identidade. Grandes nomes como a cartunista Laerte; o psicólogo e escritor João Nery; a artista plástica Joana Couto; o ator, produtor e bailarino Lucas Rangel, entre outros que lutam pela causa participam do projeto.
A iniciativa está inserida dentro de uma sequência maior de ações do AfroReggae chamada Além do Arco-Irís. Para Laura Mendes, agente de projetos do Além do Arco-Íris, ”O dicionário ajuda a combater a falta de conhecimento das pessoas. A sociedade, principalmente aqui no Brasil, ainda tem muito preconceito com quem é diferente. Quando conceituamos algo errado estamos abrindo as portas para isso”.
“O mundo já começou a se questionar sobre a binariedade de gêneros. O próprio Facebook já permite que o usuário crie sua própria identidade. Muitas iniciativas ainda precisam ser tomadas para começar a mudar esse cenário. O Dicionário de Gêneros é apenas mais um passo para trazer essa discussão à tona. Por isso, a importância da construção desses verbetes serem feitos pelas pessoas: só elas podem definir como realmente se sentem. Quem sabe, com todo esse movimento, podemos começar a escrever um futuro onde ninguém mais precisará de definição para ser entendido, respeitado”, acrescenta Bárbara Bono, Head de Conteúdo e Engajamento da Artplan.
Ficha Técnica:
Nome do Projeto: Dicionário de Gêneros
Cliente: AfroReggae
Agência: Artplan
VP de Criação: Roberto Vilhena
Diretor de Criação: Roberto Vilhena, Alessandra Sadock, Ricardo Weitsman
Supervisor de Criação: Bruno Athayde, Rafael Jardim
Direção de Arte: Bruno Athayde, João Noronha
Redação: Carolina Avena, Débora Lobo
Diretor de Conteúdo e Engajamento: Luiz Telles
Head Digital: Bárbara Bono
Gerente de Operações: Ronaldo Martins
Gerente de Projetos: Anderson Passos, Julia Bernardes, Gabriel Moura
Planejamento: Amanda Terra
Produção Digital: Pedro Cernausan, Allisson Ferreira, Silvana Vieira
Produtora de Filme: AfroReggae e Rawr
Diretor: Igor Coelho
Produtora de Som: Nova Onda
RTVC: Ana Ourique, Nathalia Dutra, Daniel Fagundes, Zé Tafner
Motion Design: Felipe Mourão, Luiz Henrique
Colorista: Ari Marins
Aprovação: José Junior, Rodrigo Salgueiro e Laura Mendes.