A agência Lew’Lara\TBWA há três meses adotou o modelo de recrutamento às cegas, em que é permitido ver apenas o que realmente conta em um processo seletivo: skills, bagagens, expectativas profissionais, além de etapas que busquem mostrar o conhecimento de habilidades técnicas do candidato(a), sem dar visibilidade para idade, gênero, endereço, nome de universidade e locais onde trabalhou.
Nesses três meses, 12 profissionais foram contratados para diferentes áreas das agências de SP e Brasília, entre eles: recepcionista, B.I., planejamento, RH, mídia e social media. Para o diretor de RH da empresa, Amauri Ferreira, esse modelo tão novo no Brasil abre oportunidades para construir um ambiente cada vez mais diversificado. “O entendimento do grupo TBWA sobre a diversidade tende a ser mais amplo e profundo. Buscamos não apenas a diversidade que os olhos veem, como cor, idade e gênero, e sim a diversidade na educação, na cultura, no comportamento e nas experiências de vida”.
Verônica, de 42 anos, foi contratada em dezembro de 2018 pelo modelo de recrutamento às cegas. Para ela, foi uma surpresa quando compreendeu que sua seleção estava sendo feita neste modelo diferenciado. “Fiquei admirada com esses valores tão diferentes daqueles que me acostumei a ver nas seleções de outras empresas que, por muitas vezes, limitam a busca a partir de faixa etária mais jovem para o cargo de recepcionista”, conta.
Segundo Sheila Wakswaser, sócia, CFO e responsável pela área de Recursos Humanos da Lew’Lara\TBWA, até o primeiro semestre, a agência espera que 80% de suas vagas sejam preenchidas utilizando esse modelo de recrutamento. “Acreditamos que um time diverso traz ainda mais relevância para o nosso negócio. E é nisso que estamos apostando”, finaliza ela.