Idealizado como forma de intervenção urbana que estimula a produção artística na arquitetura e no espaço público das cidades, o Vídeo Guerrilha chega à sua sexta edição, este ano. Segundo o fundador do projeto e da Visualfarm, Alexis Anastasiou, a ação tem o objetivo de passar por diversas cidades do Brasil e do mundo, promovendo o intercâmbio artístico, cultural e profissional não só de artistas, mas também de cidadãos, estudantes e organizações.
Com cinco edições realizadas até hoje, das quais quatro em São Paulo e uma no exterior, esta é a vez de Campinas. “Entre 2010 e 2013, tivemos três edições na Rua Augusta, em São Paulo. Já em 2014 fomos para a capital da Angola, durante o NjingaLuanda. No início deste ano, realizamos o evento no Minhocão, no centro de São Paulo”, comenta Anastasiou.
A sexta edição do projeto ocorre entre 30 de novembro e 2 de dezembro, das 20 às 24h, no do Largo do Rosário, região central de Campinas. Pela primeira vez, a abertura oficial do Vídeo Guerrilha será realizada paralelamente à apresentação do maestro João Carlos Martins, que regerá a Camerata Bachiana, homenageando o compositor Heitor Villa-Lobos, por meio do projeto Na Roda com o Maestro. O evento tem o patrocínio da CPFL Energia.
De acordo com o criador do Vídeo Guerrilha e diretor da Visualfarm, Alexei Anastasiou, o evento vai mostrar atrações interativas que fizeram sucesso nas edições anteriores, realizadas em São Paulo, como é o caso do Agigantador de Pessoas, instalação que projeta, em um prédio ou fachada e ao vivo, imagens gigantes de participantes voluntários, captadas com uma câmera simultânea em um estúdio em plena praça Largo do Rosário.
O Vídeo Guerrilha explora as possibilidades de mudanças no espaço urbano por meio de megaprojeções de imagens, fotos, vídeos, poesias, animações e gravuras. “Desta vez, vamos utilizar sete espaços projetivos, que compõem a paisagem em torno da praça, como suporte para projeções e vídeo mapping, transformando o local e oferecendo ao público presente um cenário visual inédito”, comenta Anastasiou.
As megaprojeções também mostrarão diversas vertentes da arte-mídia, expondo desde trabalhos de vídeo mapping (projeção mapeada), desenvolvidos por artistas, estudantes e criativos da Visualfarm. Os visitantes também poderão interagir com o evento por meio do grafitti virtual – para isso dois monitores vão ensinar as pessoas a desenhar e animar o que quiserem. Durante os três dias de evento, haverá, ainda, uma empena dedicada aos trabalhos feitos pelas crianças da Associação Anhumas Quero-Quero e de filhos de funcionários da CPFL Energia, patrocinadora do evento. Uma projeção vertical exibirá trabalhos de estudantes e artistas brasileiros selecionados na chamada aberta – interessados em participar podem se inscrever gratuitamente até o dia 23/11 no site do projeto www.videoguerrilha.com.br.
Já sob a curadoria do angolano Miguel Petchkovsky, mais de dez artistas serão convidados a apresentar seus trabalhos em outro espaço projetivo. Entre eles Gary Hill, considerado um dos iniciadores do vídeo-arte nos anos 60 e 70 e um dos artistas mais importantes da atualidade. Participam também Sonia Guggisberg, Penda Diakité, Fernanda Agostino, Susana Sá, Ana Barroso & Nuno M. Pereira, César Meneghetti, Selir Straliotto, Mat Rappaport, Paul Catanese e Tommaso Pedone.
FICHA TÉCNICA
Ficha técnica Video Guerrilha
Idealização: Alexis Anastasiou
Direção geral: Dudão Melo
Curador geral: Miguel Petchkovsky
Coordenação de produção: Thales Vitorino
Coordenadora de conteúdos: Larissa Alves
Coordenação de Pandoras box: Sergio Cordova
Patrocínio via proac: CPFL Energia
Apoio:
Prefeitura de Campinas
Renovarte
Instituto CPFL