O SBT promoveu o evento “Kids & Ads, dão match?”, com o objetivo de refletir sobre os desafios e as melhores práticas na publicidade direcionada ao público infanto-juvenil.
O encontro, que contou com a introdução de Iris Abravanel, autora e novelista do SBT, promoveu debates sobre a importância de equilibrar o apelo comercial com a responsabilidade social, especialmente quando o público-alvo é composto por crianças e adolescentes.
“Nosso trabalho no SBT vai além de apenas entretenimento, nós ajudamos a formar o caráter das crianças por meio das nossas novelas e diálogos. Nossa luta é para que possamos regulamentar e criar um ambiente saudável, no qual as crianças cresçam e evoluam tendo acesso a conteúdos responsáveis e de qualidade”, afirmou Iris.
A conversa foi mediada pela jornalista Simone Queiroz e teve entre os palestrantes Ernesto Morita, advogado do corpo técnico do CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária); Fernando de Paula, Diretor Corporativo de Relações Governamentais McDonald´s/Arcos Dourados no Brasil; Gabriel Pena Costa, assessor da diretoria da ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão); João Camilo Junior, assessor institucional do SBT; Larissa Purvinni, Head de Relações Institucionais na Mauricio de Sousa Produções e que integra a ABRAL (Associação Brasileira de Licenciamento de Marcas e Personagens); Marluce Cavalcante, Diretora Jurídica do SBT; Patrícia Blanco, presidente executiva do Instituto Palavra Aberta; e Talita Garcia, conselheira da ABRAL.
Durante o evento, foram discutidas questões centrais que norteiam a publicidade de produtos voltados para o público infantil, como as principais regulamentações no Brasil e os desafios éticos e legais enfrentados pelas marcas ao criarem campanhas voltadas para este público. Entre os temas abordados, destaca-se a reflexão sobre como a publicidade pode ser usada de maneira positiva para promover valores éticos e saudáveis, além do papel da televisão como maior difusora de cultura no Brasil e sua importância social e cultural na produção de conteúdo para crianças e famílias.
“A educação midiática é desenvolver na criança ou no adolescente um conjunto de habilidades para que ele possa acessar a informação, analisar criticamente essa informação, saber interpretar conteúdo, trazendo o conceito de que hoje todos nós somos produtores e disseminadores de conteúdo. Precisamos educar essas crianças para a produção de conteúdo com ética, com responsabilidade. Justamente para que ela possa se defender nesse universo informacional cada vez mais poluído e consiga criar autonomia e se desenvolver para fazer as escolhas conscientes da melhor maneira possível”, comentou Patrícia Blanco, do Instituto Palavra Aberta.
Também foram discutidas as diferentes abordagens para a publicidade infantil nos diversos meios de comunicação, como TV e plataformas digitais, e como a legislação está se adaptando a essas novas formas de veiculação publicitária. Sobre visões sobre o futuro da publicidade infantil, pensando em como as empresas podem adotar boas práticas ao comunicar seus produtos de forma ética e respeitosa, alinhando seus objetivos comerciais com o desenvolvimento cognitivo das crianças.