A Associação Brasileira das Agências de Publicidade (ABAP) indicou mais sete mulheres como representantes da entidade no Conselho de Ética do Conar para o biênio 2020/2022. Para todas as cadeiras vagas (sete no total) foram indicadas mulheres, subindo de três para dez a presença de publicitárias sob a indicação da ABAP no colegiado.
Passam a integrar o conselho as profissionais: Priscilla Menezes, da Artplan; Luciana Rodrigues, da Grey; Carol Escorel, da Talent; Laura Esteves, da DPZ&T; Andrea Hirata, da Leo Burnett; Priscilla Ceruti, da DentsuMB; e Juliana Nascimento, da Fbiz. Adriana Pinheiro Machado (Tom Comunicação), Marlene Bregman (Leo Burnett) e Marcia Esteves (Lew’Lara TBWA) tiveram seus mandatos renovados.
Priscilla Menezes também será a primeira mulher negra a participar do Conselho de Ética. “Me sinto honrada por contribuir com a diversidade desse Conselho. É necessária e urgente a representatividade – prática e não teórica – em todos os aspectos da publicidade brasileira, começando pelos órgãos mais respeitados do mercado. Acredito que trazer mais mulheres para o Conselho de Ética é um passo importante para ajudar a valorizar novos pontos de vista e tornar a publicidade cada vez mais inclusiva, igualitária e menos estereotipada”, diz Priscilla.
As novas integrantes destacam a importância da diversidade no mercado publicitário e da leitura atenta ao contexto atual. “A publicidade influencia a sociedade e impacta diretamente a vida das pessoas. Por consequência, o Conselho de Ética torna-se ainda mais indispensável nesse cenário turbulento de ambiguidades que estamos vivendo”, diz Luciana Rodrigues. Para Laura Esteves é uma grande oportunidade e responsabilidade “zelar pela integridade e liberdade de expressão publicitária em uma época onde o senso comum anda cada vez menos comum”.
Compete ao Conselho de Ética do Conar apreciar e julgar as infrações, com total e plena garantia de direito de defesa aos responsáveis pelo anúncio. Quando comprovada a procedência de uma denúncia, é responsabilidade dos integrantes recomendar alteração ou suspensão da veiculação da peça publicitária. “É muito gratificante ser convidada a fazer parte de um grupo que, por meio de suas deliberações, norteia o nosso mercado, ainda mais em tempos tão marcados pela polarização. Ao acolher sete novas conselheiras em sua corte, o Conar dá um passo importante em direção à proporcionalidade e estimula nossa indústria a seguir na mesma direção”, comenta Juliana Nascimento.
O segmento publicitário, além de ser um grande gerador de empregos direitos e indiretos e de gerar riquezas ao país, mantém conexão direta com a sociedade. Segundo Priscilla Ceruti, “a multiplicidade de olhares é o único caminho para valorizar as diferenças e respeitar pontos de vista numa sociedade verdadeiramente inclusiva”. Já Carol Escorel destaca o papel do Conar em evitar que propagandas possam ofender e enganar a qualquer pessoa. “Como podemos ter uma visão ampla sobre esses assuntos sem um olhar diverso e com diferentes perspectivas? Aumentar a diversidade é um movimento (ainda que tardio) fundamental para melhoramos nossa atuação com o mercado e com a sociedade. E me sinto muito feliz de fazer parte desse momento de renovação”, diz.
A publicitária Andrea Hirata recorda que o papel do Conar foi fundamental para que a propaganda brasileira tenha chegado ao nível de representatividade e ética reconhecido no Brasil e internacionalmente. “O Conar é uma bússola das melhores práticas na comunicação e tem desde sua criação um perfil baseado em princípios nos quais concordar e discordar faz parte de um discurso democrático, cada vez mais inclusivo e de liberdade de expressão.”
A atual composição da ABAP, iniciada em maio de 2019, tem promovido iniciativas para incluir mais publicitárias em suas atividades. A liderança da entidade conta com a vice-presidente Maria Laura Nicotero e com as diretoras Marcia Esteves, Miriam Shirley e Iara Silva Diniz. Um número recorde na entidade.
“Elevar a representatividade de publicitárias na diretoria, em comissões da ABAP e em todas as entidades do mercado é dever de todos. Acreditamos que a diversidade não só enriquece o debate da nossa atividade, como também traz novos pontos de vista na busca constante em construir um mercado forte e ético”, diz Mario D´Andrea, presidente nacional da entidade.