A Covid-19 tem transformado a maneira como o público realiza compras, enxerga oportunidades e o que é essencial. Por isso, as empresas também sentiram a necessidade de se reinventar e estarem cada vez mais próximas do consumidor, garantindo sua confiança e apreço pela marca.
Um modelo de negócio que favorece esse contato é o social commerce, que promove a interação entre membros de uma mesma plataforma, normalmente uma rede social, para falar sobre produtos específicos e serviços. Fabio Carneiro, co-fundador do Promobit, expoente do social commerce no Brasil, relata um aumento no número de empresas buscando parcerias com a plataforma, muitas delas fazendo o primeiro contato.
“Esse é um modelo com ótimo custo benefício para os lojistas. Proporciona boa visibilidade e o valor é baseado em vendas realizadas dentro da plataforma. Ou seja, você só paga se vender. No processo, ainda você consegue trabalhar engajamento e fortalecimento de marca”, explica Fabio.
Uma das empresas que tem investido bastante no modelo social commerce é a B2W Digital, plataforma que surgiu a partir da fusão de Americanas.com, Submarino e Shoptime. Para Luiz Gustavo Kahn, responsável pelo atendimento aos Afiliados da B2W, “dentro de todos os canais de mídia paga, o social commerce preenche sozinho uma alternativa na jornada de compra. O público também costuma ser muito mais seletivo e atento às condições comerciais, o que faz do social commerce uma vertical com características únicas e uma fonte de boas oportunidades de vendas.”
Bruna Nobre, da equipe de Publishers da Rakuten Advertising no Brasil, destaca duas outras características que fazem com que o modelo seja bastante representativo dentro do mix de canais de marketing. Para ela, ele “estimula o cliente a comprar por impulso ou porque está recebendo uma indicação de uma comunidade”.
O sucesso do modelo nesse momento, segundo Carneiro, se deve à maior diversificação de canais de marketing devido ao cenário de instabilidade que vivemos, o que faz com que muitas empresas descubram o modelo e suas vantagens. “O social commerce se mostra uma ótima aposta, porque com ele o consumidor consegue se aproximar mais do lojista, ter uma empatia maior pelo produto e também há maiores chances de haver indicação da compra para outros consumidores”, explica.
Carneiro, ainda, explica o principal motivo para os consumidores utilizarem cada vez mais o modelo. Só no Promobit já são mais de 1 milhão de usuários cadastrados. “O que nos torna diferentes do mercado é a confiança que passamos aos nossos consumidores. As pessoas buscam lugares em que elas podem confiar e que ajudem a encontrar um preço justo pelos produtos que estão buscando. Elas identificam que o conteúdo que aparece no Promobit é seguro e está realmente barato”, comenta.
Para o futuro, o co-fundador do Promobit acredita que no período pós pandemia o modelo de social commerce ainda continuará “muito forte”. “Nós veremos mais empresas investindo no modelo como do Promobit que oferecem remuneração por performance. As empresas vão identificar que é um canal que dá mais visibilidade para a marca com um ótimo retorno financeiro e de exposição da marca”, finaliza.