Nesta semana, uma aluna do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Marista Asa Sul, Giulia Bicalho, retomou o funcionamento da rádio da escola. Com a atitude, a estudante sinaliza o que deve acontecer em todo o Brasil no próximo ano, com a implantação do Novo Ensino Médio.
Giulia Bicalho decidiu levar música e informação aos intervalos por meio da rádio interna do colégio, que no começo da pandemia tivera um importante papel informando sobre os protocolos de biossegurança aos alunos. “Eu pensei que seria muito legal aproveitar a rádio para tocar músicas e informar aos alunos sobre provas, datas de inscrições em vestibulares, enfim, levar notícias de interesse dos estudantes”, conta.
Giulia formalizou, então, uma proposta ao colégio – com justificativa, objetivo, público alvo, como pede um projeto acadêmico – de um programa de rádio, com 20 minutos de duração, a ser apresentado nos intervalos do recreio.
Em casa, a aluna mixou uma seleção bem eclética de músicas para a estreia do programa. “A música nos torna mais humanos”, diz Giulia, que não tem preferência por um, mas por vários ritmos. Com a ajuda da Pastoral Juvenil Maristas (PJM) ela aprendeu a operar a mesa de som da rádio. “Chamamos de rádio mas o conteúdo não é transmitido em ondas e sim pelo sistema de som interno do colégio”, esclarece o articulador da PJM, Thiago Paz.
Mais do que aprender um pouco sobre a prática do radiojornalismo, Thiago Paz, acredita que a estudante antecipou o que está previsto na Base Nacional Curricular para o Ensino Médio. No próximo ano, todas as instituições de ensino, públicas e particulares, devem oferecer formação interdisciplinar optativa. “Estamos proporcionando espaços para que os alunos vivenciem experiências profissionais e sejam protagonistas na construção dos seus projetos de vida”, explica.
O primeiro programa de Giulia foi ao ar nesta quarta-feira (06) e teve reconhecimento dos colegas. “Pessoas que não sabiam que era a minha voz me disseram que tinham gostado muito”, disse a estudante que pretende estudar jornalismo ou musicoterapia.
A empolgação da aluna é tanta que ela já trabalha na próxima meta: levar a programação da rádio para a internet. “Não sabemos ainda se será um podcast só de áudio ou se terá vídeo. A ideia está sendo amadurecida, mas queremos inaugurar no início do ano que vem”, projeta.