Hoje (15) é o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, data que dá o pontapé inicial ao movimento de lançamento do documentário “Quantos dias. Quantas noites”, de Cacau Rhoden (“Nunca Me Sonharam”, “Tarja Branca”). Com a importância simbólica deste 15 de junho, a Maria Farinha Filmes, maior produtora de entretenimento de impacto da América Latina, lança o primeiro teaser do filme, que tem previsão de estreia nos cinemas no segundo semestre deste ano, e o site oficial, com informações complementares à obra.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2030 o Brasil terá a quinta população mais idosa do mundo. Se, por um lado, o aumento da expectativa de vida é um bom indicador, por outro desperta novas preocupações: se não vier acompanhado de políticas públicas consistentes, o fenômeno será gatilho para uma sociedade mais desigual e empobrecida. O documentário mergulha em uma investigação geracional e oferece uma visão revolucionária sobre as oportunidades e dilemas da longevidade e os desafios humanitários que ela gera.
O filme coloca uma lente de aumento sobre um antigo tabu para a humanidade: o envelhecimento e a finitude. Aqui em um contexto social bastante complexo. “Quantos dias. Quantas noites” acende sentimentos de urgência e indignação, mas também provoca e inspira a repensar a relação individual e coletiva com o tempo, com as relações intergeracionais e com o misterioso ciclo da vida.
Com a participação da filósofa e escritora Sueli Carneiro, da atriz e coreógrafa Mona Rikumbi, do médico gerontólogo Alexandre Kalache, da médica e escritora Ana Claudia Quintana Arantes e do líder comunitário Alexandre Silva, “Quantos dias. Quantas noites” apresenta, ainda, o testemunho de pessoas como Ana Michelle Soares (autora de “Enquanto eu respirar” e “Vida inteira”), ativista de cuidados paliativos e para quem a finitude se impôs de forma concreta aos seus 40 anos, em decorrência de um câncer de mama.
“O documentário potencializou muita coisa em mim. Apesar de falarmos sobre finitude e longevidade, o filme é antes de mais nada um manifesto à vida e ao direito que toda a humanidade deve ter a ela, de forma justa, digna e plena. ‘Quantos dias. Quantas noites’ de alguma forma, me ajudou a ter essa percepção, assim como enxergar nosso tempo com mais profundidade, a amar de outra forma, a aproveitar cada segundo de vida de outra forma e ver o mundo e a existência com olhos mais atentos.”, comenta Cacau Rhoden, cineasta.
O filme é uma produção da Maria Farinha Filmes, idealizada por Marta Pipponzi, com patrocínio de Rede Itaú e Grupo RD. O lançamento conta com o apoio institucional do movimento global Ashoka e do UNFPA, agência da ONU para saúde sexual e reprodutiva, direitos, população e desenvolvimento. A produção tem ainda o apoio do Instituto Beja, do Movimento InFinito, da Plenae e da Associação São Joaquim, além de cerca de 15 instituições que atuam no tema e em rede para a campanha.
“Dados globais indicam que até o ano de 2050, cerca de 80% das pessoas com 60 anos ou mais viverão em países em desenvolvimento.O envelhecimento não é impulsionado apenas pela queda nas taxas de fecundidade, os avanços médicos e as melhorias na saúde e na nutrição também contribuem para uma expectativa de vida mais longa. Os resultados dessas grandes conquistas devem servir de base para garantirmos que, à medida que envelhecemos, a qualidade de vida também seja mantida em todo o mundo”, destaca Florbela Fernandes, representante do UNFPA no Brasil.
“O filme ‘Quantos dias. Quantas noites’ nos convida a fazer uma reflexão profunda e abre caminhos para a construção de novas ideias que podem transformar a forma como entendemos e vivemos o envelhecimento”, comenta Maria Clara Pinheiro, colíder de Nova Longevidade – Ashoka, Um Mundo de Pessoas que Transformam.