Do lado esquerdo, Maurício Mota, Viola Davis e Julius Tennon, da Ashé Ventures. Foto: divulgação. Do lado direito: Luana Lobo, Mariana Oliva, Estela Renner e Marcos Nisti, da Maria Farinha Filmes. Foto: Miro.
A cinebiografia da ginasta Daiane dos Santos, “A Menina que Voa”, da Maria Farinha Filmes, acaba de ganhar a coprodução da Ashé Ventures, produtora baiana fundada por Viola Davis, atriz que carrega um raro título de EGOT, produtora e autora best-seller; pelo ator e produtor Julius Tennon; e pelo produtor brasileiro Maurício Mota.
O longa de ficção tem roteiro assinado por Flávia Vieira (“São as Regras”, “Linhas Negras”, e os podcasts “Chumbo e Soul”, e “Se não me falha a memória”) e Janaína Tokitaka (“Mila no Multiverso” e “De Volta aos 15”).
Daiane dos Santos fez história como a primeira ginasta brasileira a conquistar uma medalha de ouro no Campeonato Mundial de Ginástica Artística e a primeira mulher negra do mundo a alcançar esse feito. Seu legado inclui não um, mas dois elementos de exercícios de solo nomeados em sua homenagem no Código de Pontos da FIG — o “Dos Santos I” e o “Dos Santos II” — feito igualado apenas anos depois, pela ginasta americana Simone Biles.
“A Menina que Voa” abordará a poderosa história de uma jovem negra que rompeu barreiras raciais e sociais para se tornar um ícone global da ginástica. O filme vai retratar o desafio de Daiane às expectativas físicas, mentais e estéticas de sua época e como sua jornada teve um impacto duradouro nas futuras gerações de atletas do país, incluindo Rebeca Andrade, maior medalhista da história do Brasil nos jogos olímpicos.
“Nos anos 1990, o Brasil era o país do futebol, nem nosso país nem o mundo rígido da ginástica artística internacional estavam preparados para o fenômeno Daiane dos Santos. É uma história improvável e emocionante. Desde o começo, acreditamos muito na potência dela para inspirar e engajar grandes audiências. Essa história original e brasileira tem tudo para ganhar o mundo e é um feliz encontro ter a Ashé compartilhando esta visão com a gente nessa coprodução”, comenta Luana Lobo, Co-CEO e sócia da Maria Farinha Filmes.
“Estamos em um momento muito especial do país, em que as audiências querem novos herois. Temos a oportunidade de fazer deste projeto um grande case local, mas sobretudo global – no sentido de mostrar um filme em altíssima produção, de uma personagem que viajou o mundo, mas tem uma história unicamente brasileira. Um privilégio para nós sermos convidados pela Maria Farinha Filmes para participar do projeto em função do longo histórico deles em contar histórias relevantes e de alto impacto. E acreditamos que com esse biopic criaremos um case de conteúdo global mas também uma multi plataforma para marcas, audiências e fãs que se juntarão à nós”, reforça Maurício Mota, coprodutor e sócio da Ashé Ventures. A produtora baiana nasceu de uma parceria entre Viola Davis (atriz e produtora norte-americana, vencedora de um Oscar, um Emmy Award, dois Tony Awards e um Grammy), Julius Tennon (“A Mulher Rei”) e do produtor carioca Maurício Mota (“East Los High”, “Rez Bal”).
O longa será co-distribuído pela Maria Farinha Filmes e pela Vitrine Filmes, uma das principais distribuidoras do país, com mais de 150 filmes lançados, incluindo “O Agente Secreto” de Kleber Mendonça Filho, que concorre à Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano.
A produção, em etapa avançada de desenvolvimento, já conta com o patrocínio do Mercado Livre e com o apoio da QI Tech, por meio da ANCINE, e está em negociações abertas com outras marcas estratégicas para produzir e lançar o filme. “A Menina Que Voa” tem a intenção de ser um filme-movimento como os projetos que a Maria Farinha Filmes tem experiência em construir. Um exemplo deste modelo de negócio aconteceu durante o lançamento de “O Começo da Vida”, documentário que reuniu empresas como Johnson & Johnson, Natura, Kimberly-Clark e mais 100 organizações do terceiro setor no mundo inteiro. A co-produtora Ashé também vai colaborar nessa estratégia com sua experiência em branded content e transmídia.