sábado, novembro 16, 2024
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Filme manifesto do TEDxAmazônia ecoa vozes distintas

Durante o momento delicado que a Amazônia vive, o encontro do TEDxAmazônia,  que aconteceu do dia 2 a 5 de Novembro na cidade de Manaus, ganha uma importância ainda maior. O evento tem como objetivo reunir pessoas e especialistas com perspectivas diversas e discutir maneiras de cuidar do bioma amazônico, um dos mais importantes para a questão climática no mundo.

A AKQA Bloom, em parceria com a Black Madre, desenvolveu o filme manifesto de divulgação do evento, produzido pela Santa Transmedia e dirigido por Gustavo Gripe, com produção de áudio da CANJA Audio Culture.

O conceito criativo “Onde as Vozes se Encontram” compara o processo de colaboração de ideias com a formação de um rio, que ganha vida a partir do encontro entre diferentes afluentes. Essa ideia de unir vozes diversas em prol de um bem maior é retratada no filme de divulgação, que combina um texto poético e musical, narrado pela manauara Eduarda Machado com a beleza da xilogravura.

Vozes diversas

O filme foi realizado e português, inglês e nheengatu: uma língua indígena pertencente à família tupi-guarani, mais especificamente do tronco tupi. Esse idioma, surgido no século XIX, tem origem na língua geral amazônica, que, por sua vez, proveio do tupi antigo. A constituição brasileira recentemente recebeu uma tradução oficial para o nheengatu.

Eduarda Machado, que narra a versão em português, é nascida em Manaus e estuda letras na PUC/MG. Além de ser parte do time organizador do TEDxAmazonia, Duda trabalha na comunidade “Somos Madrastas”, e vive em Belo Horizonte. Redatora e produtora, Duda empresta seu lindo sotaque manauara para o texto do filme.

A versão em inglês foi narrada por Nat Kelley Mallqui. De origem quechua, ela é uma atriz peruana-australiana, além de produtora executiva, criadora de conteúdo, ativista pelo clima e pelos povos originários, embaixadora da plataforma Re:wild, e parte do board do Kiss the Ground e da Fungi Foundation.

A  versão em nheengatu foi traduzida e narrada por Cauã Borari, indígena, da terra indígena Alter do Chão, da Aldeia Karanã. Ele é Secretário-Geral da Academia de Língua Nheengatu, primeira Academia de Língua Indígena do Brasil e é um dos doze tradutores indígenas da primeira versão oficial da Constituição Federal de 1988 para uma língua indígena; é professor da Língua Nheengatu, tendo atuado como proponente/formador nas formações continuadas para professores indígenas de Nheengatu e Notório Saber, desde o ano de 2015 até 2020 no município de Santarém-PA, Território Etnoeducacional Tapajós/Arapiuns (TEETA). Também participou de projetos pioneiros de tradução do Sistema Android para celulares em Nheengatu e do primeiro Software de computador em língua indígena brasileira. Atualmente estuda Artes da Cena na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e desenvolve atividade sobre cultura, história, diversidade e línguas indígenas, e, de conscientização sobre os direitos indígenas e combate ao preconceito contra indígenas. É artesão por formação familiar além de ser poeta, escritor, ator, roteirista e cantor.

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