A FilmBrazil, plataforma de promoção do audiovisual publicitário brasileiro no mercado internacional em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX-BRASIL), apresenta dados sobre a exportação de produções. O balanço dos resultados de 2019 e do primeiro semestre de 2020 revelam que as produtoras associadas mantiveram bons níveis de exportações do setor mesmo com a pandemia mundial.
Devido as limitações e incertezas impostas pela rápida evolução da pandemia, a previsão para o 1º semestre de 2020 era de USD 3,4 milhões em exportações. “No entanto, para nossa surpresa essa previsão não só foi superada, como contabilizamos um total de USD 11,4 milhões pelas nossas empresas. Dado esse, impulsionado sobretudo pela performance das nossas produtoras de animação que seguiram trabalhando no formato 100% remoto e com a taxa cambial favorável as exportações”, revela Marianna Souza.
Em 2019, 73% das exportações se concentraram nas produtoras de imagens, 15% áudio e 12% animação. No entanto, no primeiro semestre de 2020, o setor de animação subiu 8%, alcançando uma participação de 20% no total de exportações.
“Logo no inicio da quarenta, percebemos um aumento considerável na procura por filmes publicitários de animação, não apenas aqui no Brasil mas também no exterior. Durante muitos meses, a animação foi uma das poucas técnicas viáveis para as marcas continuarem se comunicando. Falando especificamente de exportação, a própria natureza dos nossos serviços já contribui para um relacionamento a distância, tanto com clientes como colaboradores. O processo de produção de uma animação é quase todo digital e funciona bem sem a necessidade de interação física entre os envolvidos, além de não imprimir onde e por quem o projeto foi feito. Importante ressaltar também que a indústria de animação brasileira é bem reconhecida e vem ganhando cada vez mais destaque no cenário internacional.
Acredito que por todas essas razões, o Consulado teve um aumento de 30% no faturamento com exportação em relação ao mesmo período do ano passado. Entre os serviços exportados, houve uma inversão nesse ano. Em 2019, full-service era modelo mais exportado (29%), seguido por production service (27%), veiculação no exterior (20%), desenvolvimento de trilhas (10%), licenciamento de músicas (7%) e loan-out (7%). Já no primeiro semestre de 2020, observamos que o production service alcançou o primeiro lugar com 32%, seguido por veiculação no exterior com 26% e full-service com 21%. Desenvolvimento de trilhas manteve seu percentual, loan-out cresceu 4% e não houve licenciamento de músicas por enquanto.
Das produtoras associadas, mais de 50% já exportaram mais de uma vez durante o primeiro semestre de 2020. Os resultados de 2019 mostram que 79% exportaram mais de uma vez, 12% apenas uma vez e apenas 9% não exportaram. No comparativo com 2020, até o momento 54% já exportaram mais de uma vez, 23% uma vez e 23% ainda não exportaram. “O momento é desafiador, pois além da crise econômica, precisamos garantir segurança e respeito a todas as medidas de combate ao COVID-19 para que os clientes internacional sigam considerando o Brasil como destino para suas produções. Preço é importante, mas nessa balança da Pandemia não é a base da decisão final”