Durante seis dias (18 a 23), mais de duas mil pessoas participaram das atividades presenciais e online da quinta edição do Cabíria Festival – encontro anual para celebrar e promover a presença de cineastas mulheres e a diversidade nas telas e atrás das câmeras. Na programação, atividades formativas como workshops, encontros com cineastas, estudos de caso, oficinas e exibição de filmes, seguidas de debates, na Cinemateca Brasileira e na ESPM, em São Paulo. Híbrido, o evento também levou para todo o país uma programação online através dos parceiros Spcine Play, Telecine e MUBI. O patrocínio foi da Spcine.
Para Vânia Matos, diretora, curadora e produtora executiva do evento, “Esta foi uma edição muito especial, em um ano de retomada das políticas públicas e diálogo com o Governo Federal, sentimos que alcance de público do festival foi ampliado e isso gera um impacto positivo direto em nossos objetivos de difundir obras realizadas por cineastas mulheres e ampliar o conceito de diversidade no audiovisual”.
O festival contou com uma seleção de 16 filmes – entre longas e curtas – e promoveu encontros profissionais e de criação. Toda a programação foi gratuita. Os destaques foram a sessão do longa-metragem inédito “Fogaréu”, de Flávia Neves, que recebeu três prêmios no Festin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, em Lisboa; a estreia nacional de “As Miçangas”, de Rafaela Camelo e Emanuel Lavor, indicado a melhor curta-metragem na Berlinale (2023), e a Sessão Telecine, em parceria com a marca especialista em cinema e a Embaixada da França no Brasil, do multipremiado “Saint Omer”, que teve exibição única e gratuita no Brasil durante o encerramento do festival. O longa, da cineasta franco-senegalesa Alice Diop, ganhou o Leão de Prata (Prêmio do Júri) e do Leão do Futuro (Melhor Filme de Estreia) no Festival de Veneza (2022) e o César de Melhor Primeiro Filme (2023).
A homenageada da edição foi Everlane Moraes. A cineasta brasileira é reconhecida por seu trabalho autoral, que mescla elementos estéticos da ficção com a linguagem do documentário, trazendo à tona narrativas cotidianas e decoloniais. A partir do festival a sua obra completa foi disponibilizada na Spcine Play para todo o Brasil.
O Cabíria LAB, laboratório de desenvolvimento de talentos e histórias, ofereceu consultoria com especialistas para 06 projetos selecionados das categorias longa de ficção, longa de ficção infantojuvenil e série de ficção.
Na abertura ocorreram diversas premiações, incluindo o 8º Cabíria Prêmio de Roteiro para longa-metragem de ficção. A primeira colocada, “Criadas, de Carol Rodrigues (SP), entrou para a Rede de Talentos do Projeto Paradiso. “Clarice”, de Débora Mamber e Ana Durães (RJ), ficou em segundo lugar; e, “Relatório Porão dos Botos”, de Bea Morbach (PA) e Felipe Cruz, (PA), em terceiro lugar. As menções honrosas foram para “As Pés de Moleca e a Bruxa de Maria Mole”, de Milena Ribeiro e Larissa Fernandes (GO) e “US”, de Andrea Palermo (SP), que também venceu o Prêmio Selo ELAS Cabíria Telecine, que dará direito a uma consultoria das equipes Elo Studios e Telecine. O Prêmio Cardume Cabíria, em parceria com a plataforma Cardume, premiou três roteiristas para o desenvolvimento de curtas-metragens, e o Instituto Dona de Si selecionou cinco talentos femininos para participarem da Jornada Dona de Si.
A edição marcou o lançamento da Cabíria Rede de Talentos, que através de um portal de portfólios online e ações transversais com uma ampla rede de parcerias, vai mobilizar roteiristas, cineastas e storytellers com o objetivo comum de impulsionar talentos do audiovisual e ampliar a nossa contribuição para a igualdade de gênero e promoção da diversidade na cadeia produtiva.
O FESTIVAL
Desde 2015, o Cabíria Festival articula uma Rede de Talentos Femininos do Audiovisual. Criada inicialmente como um Prêmio de Roteiro dedicado às histórias escritas e protagonizadas por mulheres, ao longo de oito anos, a Rede Cabíria de Talentos já premiou quase 100 histórias e beneficiou mais de 40 projetos, exibiu obras audiovisuais de mais de 150 realizadoras, além de impulsionar a carreira de dezenas de roteiristas e cineastas.
A partir de 2019 a iniciativa se expandiu para o formato de Festival abrangendo Premiação, Laboratório de Roteiro, Mostra de Filmes, Encontros Profissionais e de Formação, e Intercâmbio Internacional entre Cinematografias. Atualmente, Cabíria Festival, Prêmio Cabíria, e Cabíria Lab formam os três pilares de sustentação da Rede Cabíria de Talentos que através de ações transversais com uma ampla rede de parcerias, mobiliza roteiristas, cineastas e storytellers com o objetivo comum de impulsionar talentos do audiovisual, contribuir para a igualdade de gênero na cadeia produtiva, agregando criadores de identidades de gênero diversas e a comunidade LGBTQIAPN+
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