Segmento que vem apresentando um forte ritmo de expansão nos últimos anos, e que tem sido marcado por contínuos anúncios de aquisições milionárias de agências nacionais por grupos globais de comunicação, o setor de comunicação corporativa apresentou, em 2015, um desempenho instável, com as médias e grandes empresas crescendo e as pequenas e micro caindo. Os números apontam para uma montanha russa, de acordo com os indicadores do Anuário da Comunicação Corporativa, lançado na última quinta-feira (19/5), pela Mega Brasil, durante o Congresso Brasileiro de Comunicação Corporativa.
De acordo com os números da publicação, a maior agência brasileira é a FSB – mantendo a liderança com receita de R$ 210 milhões em 2015. A surpresa ficou para o segundo lugar, assumido pela In Press Porter Novelli (faturamento de R$ 115 milhões), trocando de posição com a CDN (receita de R$ 93 milhões), em terceiro.
Segundo Mauricio Bandeira, diretor do Instituto Corda e coordenador da pesquisa com agências há seis anos, participaram do estudo deste ano 215 agências de todos os portes e de todas as regiões do País. “Essa publicação é uma orientação de negócio; ela é uma ajuda para entender o mercado”. Ele disse ainda que o faturamento do setor – cerca de mil agências – em 2015 foi de 2,3 bilhões.
Houve um crescimento nominal ligeiramente superior a 2%, mas, descontada a inflação superior a 10% no ano passado, o setor encolheu. Bandeira destacou ainda que “as grandes agências têm mais suporte, menos queda de faturamento e menor pessimismo para 2016 e 2017”. Sobre as pequenas, micro e médias, ele diz que “estão mais sensíveis ao que está acontecendo no País”.
Para Eduardo Ribeiro, diretor da Mega Brasil, no que diz respeito à produtividade, “de forma geral, este mercado calcula uma receita de US$ 70 mil ao ano por funcionário. A média nos Estados Unidos é o dobro, o que revela a necessidade de ampliar a eficiência no País”.
O Anuário da Comunicação Corporativa, nas versões impressa e digital mostra um dos mais completos retratos da situação empresarial e profissional da comunicação corporativa no País, que pode ser conferido por meio de pesquisa realizada especialmente para a publicação, além de entrevistas com líderes, análises de tendências mundiais da comunicação corporativa e sobre a internacionalização do setor.
A edição conta com apoio institucional da Abracom – Associação Brasileira das Agências de Comunicação, Aberje – Associação Brasileira da Comunicação Empresarial, da ABRH – SP – Associação Brasileira de Recursos Humanos – Dimensões Brasil e São Paulo e com a colaboração da Maxpress.