Dizem que o Brasil é o país do futuro.
Mas talvez o futuro tenha resolvido marcar um encontro conosco, e escolheu Belém como ponto de encontro.
A COP 30 vem aí, e com ela, um espelho.
Um espelho que reflete não só as florestas, os rios e o céu amazônico… mas também o Agro brasileiro, com sua enxada numa mão e o notebook na outra.
Porque o novo Agro não quer só produzir, quer provar que produz cuidando.
Quer mostrar que a terra responde melhor a quem fala com ela, não a quem grita.
E que sustentabilidade não é discurso, é prática diária, feita de precisão, tecnologia, e, no fundo, de afeto pela própria origem.
A COP 30 é um palco, e o Agro brasileiro tem o figurino pronto: biotecnologia de um lado, manejo regenerativo do outro, e o velho sorriso de quem acorda cedo pra fazer o país andar.
Durante décadas, o mundo nos olhou com desconfiança, como quem olha o primo forte demais e acha que ele exagera.
Mas agora, o mesmo mundo quer saber como conseguimos plantar tanto, exportar tanto e ainda ter floresta em pé.
E é aí que o Agro pode brilhar: mostrando que não há contradição entre produzir alimento e preservar o planeta.
Talvez o segredo esteja naquele traço brasileiro de misturar tudo, café com leite, campo com cidade, ciência com intuição.
Somos o povo que faz da adversidade um tempero, e do solo, poesia.
E a COP 30 é a hora de recitar esse poema alto, pro mundo inteiro ouvir.
Porque se o planeta anda em busca de respostas, o Brasil tem algo raro: a capacidade de transformar terra em futuro.
De entender que sustentabilidade não é moda, é herança. E que o Agro, quando olha pra frente, vê o mesmo que a natureza vê: um caminho longo, mas fértil.
No fim das contas, o que o Agro quer não é aplauso, é reconhecimento.
Quer mostrar que sabe que o futuro não se colhe com pressa, mas com propósito, tecnologia e respeito à vida em todas as formas.
A COP 30 é o convite.
O Agro é o protagonista.
E o Brasil… bem, o Brasil é o palco onde o verde nunca sai de moda.
Afonso Abelhao
