quarta-feira, dezembro 25, 2024
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Projeto de D´Elboux, diretor de Criação da agência Y&R, registra a Tipografia na Arquitetura de São Paulo

As referências tipográficas encontradas no espaço público de São Paulo são o tema do projeto Tipos Paulistanos de J. R. D´Elboux, diretor de Criação da agência Y&R e professor da FAAP. Ele que é arquiteto de formação e publicitário por profissão, criou o projeto para estudar o vínculo entre essas referências que revelam parte da história da cidade.

“A ideia é que ele seja um repositório de imagens de elementos gráficos e arquitetônicos interessantes e relevantes do ponto de vista da identidade da metrópole”, explica D´Elboux. “Além de referência visual, o Tipos Paulistanos faz com que as pessoas reparem mais nos detalhes e nas riquezas que temos por aqui, os quais, na maior parte do tempo, passam despercebidos. Muitos se surpreendem ao saber que tudo isso é em São Paulo.”

O piso de mosaico estilo Art Nouveau com o monograma da família Álvares Penteado, na Vila Penteado; as letras Art Déco na entrada do Estádio do Pacaembu; as inscrições caligráficas encontradas no cemitério São Paulo; e a moderna Biblioteca de São Paulo, com suas enormes letras que lembram antigos tipos metálicos para impressão, são alguns dos exemplos de como a tipografia se encontra entrelaçada à arquitetura na cidade.

Segundo D´Elboux, o uso da tipografia na arquitetura existe desde a Antiguidade, mas se intensificou principalmente durante o período moderno, e de maneira mais particular, com o Art Déco. “Esse estilo dominou a arquitetura paulista a partir da década de 1930, por isso o Tipos Paulistanos guarda bastante material dessa fase”, explica o publicitário, que fez mestrado na FAUUSP sobre o assunto, tendo como orientadora a Profª Drª Priscila Farias.

D´Elboux começou a fazer o registro de tipografias em 2008. No início eram apenas números, mas depois ele começou a colecionar letras. “Acabei me entusiasmando com isso, que de certa maneira uniu minha formação de arquiteto com meu trabalho como diretor de arte, em que a convivência com a tipografia é diária, e, também, com a fotografia, atividade à qual me dedico regularmente”, comenta.

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