Durante o jogo entre França e Argentina pelas oitavas de final da Copa do Mundo da Rússia, no final de junho, o youtuber Júlio Cocielo foi acusado de racismo após um comentário polêmico no Twitter em relação ao jogador francês Kylian Mbappé. Marcas como Coca-Cola, Itaú, Adidas e Submarino, que mantinham ações com o influenciador digital na ocasião, viram-se cobradas pelo público a se posicionar. Logo após o episódio, o mercado passou a discutir com mais ênfase a responsabilidade de empresas e agências na relação com criadores de conteúdo.
Com a missão de debater o assunto, assim como as tendências mais relevantes de marketing de influência no Brasil e no mundo para os próximos anos, o Grupo Comunique-se realiza na noite desta quarta-feira, 21, na capital paulista, a primeira edição do Influency.me Trends. O evento começa a partir das 19h com coquetel de boas-vindas a convidados no restaurante Corrientes 348, região central de São Paulo. Em clima de bate-papo descontraído entre marcas e creators, o Influency.me Trends vai promover seis painéis de discussão com intensa participação da plateia. Nomes como Pyong Lee e Otávio Albuquerque, além do próprio Júlio Cocielo estarão ao lado de representantes de marcas como Carrefour, AACD, grupo MoveEdu e Avianca.
Na programação, o foco estará em temas como adoção de estratégias de marketing de influência por empresas, relação entre marcas e creators e transparência sobre publiposts e conteúdos comerciais. “Vamos discutir também a regulamentação de ações com influenciadores digitais e como as marcas podem mensurar de forma assertiva o impacto e os resultados de ativações”, adianta Rafael Arty, head de marketing de influência do Grupo Comunique-se.
“As marcas precisam gerar conversas espontâneas a partir de conteúdos relevantes, sobre assuntos específicos, sugestionando diretamente a decisão de compra dos seus consumidores. É neste contexto, estabelecendo o ‘link’, que entram os influenciadores digitais. Eles são uma espécie de ‘tradutores’ das mensagens que a empresa deseja disseminar. O alcance, a relevância e a ressonância do criador de conteúdo são os três elementos que, combinados, despertam o interesse da marca. Olhar somente os números de seguidores, e não a relevância, o influenciador como mídia, e não como conteúdo, é cometer um grande equívoco. É este tipo de debate qualificado que queremos no primeiro Influency.me Trends”, finaliza Rafael Arty. O evento termina com happy hour entre os convidados e pocket show da banda de rock mineira Venosa.
Cenário nacional de marketing de influência – No Brasil, uma pesquisa recente do Influency.me revelou que 38% das empresas estão dando os primeiros passos em estratégias de marketing de influência, enquanto 16% já realizam campanhas regulares com influenciadores digitais. O retorno positivo gerado é o motivo principal para o investimento. Para cada dólar investido em influencer marketing, gestores obtêm em média US$ 7,65 em valor de mídia conquistado “devolvido”.
“O propósito da ação é o que determina o sucesso de uma campanha. É este objetivo que também orienta o perfil de influenciador mais adequado para a conquista resultados, que podem ser: elevar autoridade e branding da marca, atrair mais seguidores para as redes sociais, lançar algum produto novo no mercado ou aumentar o ticket médio de vendas. Com a eficiência do marketing de influência comprovada em mercados mais maduros, como o norte-americano, a tendência é que também desponte ainda mais no Brasil nos próximos anos”, destaque Rodrigo Azevedo, CEO do Grupo Comunique-se.