As altas temperaturas no Brasil, a disparada no valor do milho e a proximidade da Quaresma fizeram com que o preço dos ovos tivesse alta de 69% entre janeiro e fevereiro deste ano, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Quem mais sofre com esse cenário são os brasileiros com menor poder aquisitivo, já que 28% das ocasiões de consumo das classes D e E são compostas por ovos, enquanto são 27,6% para as classes A e B e 25,9% para a classe C.
Dados da divisão Worldpanel da Kantar mostram que os ovos são usados como ingrediente principal de uma refeição por 29,5% dos brasileiros de todas as classes. A versão frita é a preferida, abocanhando 61% das ocasiões de consumo (alta de 12,8% na comparação entre o terceiro trimestre de 2023 e o mesmo período de 2024) e frequência de 2,3 vezes na semana.
O principal motivo para o consumo, por sua vez, está no hábito, que segue na liderança, passando de 59,6% no terceiro trimestre de 2023 para 61,7% no período seguinte. É possível notar, porém, um salto na praticidade (de 14,3% para 25,9%) e no prazer (de 11,3% para 18%).