Os brasileiros com mais de 60 anos já se sentem integrados ao ambiente digital e buscam aperfeiçoar a sua presença na internet: aprender a usar redes sociais e compartilhar experiências. A conclusão é parte de um estudo conduzido pela Ipsos Connect e realizado em 13 mercados nacionais com base em seis vetores: desk research, análise acadêmica, etnografia, netnografia, entrevistas e entrevistas em profundidade.
O acesso à internet dos brasileiros acima de 60 anos cresceu 15% entre os anos de 2000 e 2015. Para eles, a internet tem quatro significados prioritários: comunicação, lazer, ocupação e entretenimento. O estudo conduzido por Ipsos Connect – unidade de negócios que coordena os serviços voltados para a área de Comunicação de Marca, Propaganda e Mídia da Ipsos – permite analisar o perfil do usuário de terceira idade na internet, assim como fatores que o atraem ou que o afastam, a partir de suas escolhas de consumo.
“Precisamos nos preparar e saber como trabalhar esse público sênior, diagnosticando o que se passa no dia a dia, quais seus desejos, como consomem e vivem no mundo digital, além da busca de como inseri-los no contexto atual das macrotendências e do comportamento do consumidor. As empresas se despertaram para entender esse público que está em evidência devido a sua importância e o potencial de consumo, mas ainda há muitas oportunidades não trabalhadas”, afirma Diego Oliveira, diretor da Ipsos Connect.
O interesse por tecnologia e acesso à internet entre os maiores de 60 anos, embora modesto quando comparado à média da população geral, registrou visível crescimento nos últimos anos:
2000 | 2005 | 2010 | Jul 2012 e Jun 2013 |
2014 | |
Interesse por tecnologia | 14% | 15% | 15% | 20% | 23% |
Acesso à internet | 1% | 4% | 11% | 16% | 16% |
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 15 milhões de pessoas, 8,6% da população brasileira, é constituída por pessoas com 60 anos ou mais. Com relação ao consumo de mídias na terceira idade, os dados mais recentes da EGM indicam que:
– 75% afirmam que a TV têm força e influência na formação da opinião pública;
– 69% gostam de ser organizados e seguir uma rotina;
– 66% decidem o que comprar antes de ir às compras;
– 64% afirmam que jornal têm força e influência na formação da opinião;
– 63% afirmam que o rádio têm força e influência na formação da opinião.