domingo, dezembro 7, 2025
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Outubro Laranja – Evitando colapsos

A Experiência dos Correios

Embora não seja novidade para quem acompanha a trajetória das empresas nacionais, a mídia deu forte destaque, nesta semana, à declaração do atual presidente dos Correios: a estatal precisará de um empréstimo de R$ 20 bilhões para dar fôlego ao caixa durante o ano de 2026.

Esse valor supera todo o faturamento previsto para 2025, estimado entre R$ 17 e R$ 19 bilhões, ampliando a já crítica situação de alavancagem e agravando os prejuízos operacionais (R$ 4,7 bilhões em 2024 e R$ 1,7 bilhão apenas no primeiro trimestre de 2025).

Por que isso é importante?

Tudo o que vemos, lemos e ouvimos pode ser uma fonte extraordinária de aprendizado. Quando avaliadas de forma crítica, essas informações geram insights poderosos para aperfeiçoar a gestão do que fazemos e promover melhorias exponenciais em nossa jornada — seja profissional, seja pessoal.

Um breve olhar sobre a história e a experiência dessa organização nos leva a confirmar a célebre frase atribuída a Steve Jobs:

“Decidir o que não fazer é tão importante quanto decidir o que fazer.”

E no caso dos Correios, há muito do que não fazer.

Panorama Geral

Quando trazemos à discussão casos como o dos Correios — ou de diversas outras organizações públicas com resultados desastrosos — a resposta da maioria dos empresários costuma apontar para governança deficiente, interferência política, ausência de incentivos de performance, ambiente competitivo desigual, estrutura de custos rígida e burocracia excessiva.

No caso dos Correios, somam-se ainda o desalinhamento com megatendências, atraso estratégico, modelo de negócios defasado e obsolescência tecnológica, entre outras causas preponderantes.

O que muitos esquecem é que esse panorama, em maior ou menor intensidade, também está presente em muitas empresas privadas, de diferentes portes e mercados. Casos como OI, Americanas, Editora Abril, GOL, Livraria Saraiva e Cultura ainda estão frescos na memória. Ao final de 2024, mais de 850 mil empresas encerraram suas atividades no Brasil, sobretudo de médio e pequeno porte. No mesmo período, os pedidos de recuperação judicial aumentaram mais de 60%.

Segundo pesquisa do Instituto Locomotiva, mais de 90% das pequenas e médias empresas relatam finanças desorganizadas, fragilidade no fluxo de caixa e falhas no planejamento e execução.

Moral da História

Não importa o tamanho, o mercado ou o segmento do seu negócio. Para que ele seja vencedor e sustentável, é vital aperfeiçoar continuamente sua governança preventiva e maturidade gerencial.

Estamos falando de Governança e Transparência, Gestão de Caixa e Endividamento, Eficiência Operacional, Planejamento Estratégico Vivo, Cultura de Responsabilidade e Vigilância Contínua.

Raramente as empresas colapsam de repente. Elas se desorganizam em silêncio. O segredo é ouvir os primeiros ruídos e agir com disciplina antes do golpe final.

Você já parou para avaliar o grau de risco do seu negócio? Com que frequência atualiza seu plano estratégico? Já iniciou o planejamento para 2026?

Nesse sentido, o Orçamento Orientado a Valor (Value-Based Budgeting) é uma das ferramentas mais eficazes para sustentar o crescimento e evitar desvios que possam levar ao colapso.

Associe o Outubro Laranja à reflexão estratégica sobre esse conjunto de práticas e ferramentas que tornarão o seu negócio mais competitivo, saudável e longevo.

Saúde e sucesso!

Raimundo Sousa

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