Da esquerda para a direita: Layane (AROMITALIA), Sara Gois (BigBee), Débora Gaza (AROMITALIA), Adriano Alves (AROMITALIA), Afonso Abelhão (BigBee), Taísa Luna (BigBee).
Opereta em muitos Atos
Ou como transformar uma feira comercial em um ato de branding
Ato I – Ensaios para a delicadeza
(La Traviata, Giuseppe Verdi)
Chamaram de “escola”. Eu chamo de palco.
Na FISPAL, a Aromitalia não montou estande, ergueu cenário.
Luzes, espátulas e egos devidamente alinhados.
Não havia violinos, mas a afinação dos sabores era exata.
Como em La Traviata, sabíamos: o que viria seria intenso e memorável.
Ato II – A voz da soprano
(Gianni Schichi, Giacomo Puccini)
Ela chegou sem fazer barulho, como toda diva que sabe seu lugar no mundo.
Daiane Campos, do perfil Sorveteria de Sucesso. Não tem seguidores, tem súditos.
Fala com sotaque mineiro e autoridade de quem não precisa levantar a voz para convencer quem empreende.
Não ao acasoO Mio Babbino Caro, foi concebida para uma voz feminina.
Ato III – A aula que tocou o coração
(Tosca, Giacomo Puccini)
E então vieram os Chefs Especiais, e desarmaram qualquer roteiro ensaiado.
Abriram o evento e o peito da gente.
Junto com o chef Edeval José, ofereceram ao público uma aula de inclusão, sabor e sensibilidade.
Ali, a escola virou concerto, e cada ingrediente, uma nota mais doce. Como em Tosca, a emoção estava à flor da pele
Ato IV – O maestro da verdade
(Caruso, Lucio Dalla)
Edeval voltou depois, como maestro, transformou a espátula em batuta e regeu uma sinfonia de aromas, texturas e silêncios.
Sem falsete, até o algoritmo se rendeu à sua verdade e encantamento. Como Enrico Caruso, chef Edeval é lírico, intenso e emocionante.
Ato V – O calor tropical com o inverno europeu
(La Traviata, Giuseppe Verdi)
Sr. Armando, da lendária Sorveteria Cairu, entrou em cena como quem serve um segredo.
Apresentou o COP30.
Castanhas brasileiras, pistache europeu e cupuaçu dos céus.
Não era sobremesa. Era diplomacia.
Se Dom Pérignon, tivesse provado, diria:
“Foi como sorver estrelas.” Um ato vibrante, quente e gelado, como em La Traviata.
Ato VI – Um abraço em forma de confeitaria
(La Bohème, Giacomo Puccini)
Ricardo Daudt chegou como se oferecesse abrigo. Não precisou dizer nada.
Suas criações falaram por ele.
Ali, o ganhador do Bake Off virou maestro de sentimentos. Fez do açúcar o conforto.
Como em La Bohème, há melancolia doce e beleza simples.
Ato VII – Café com cremosidade e aplauso
(L’Orfeo, Cláudio Monteverdi)
Joicy, da Orfeu Cafés Especiais, invadiu o palco com uma xícara quente.
Falou de Affogato como quem recita um dueto de opostos que se atraem.
Café e gelato. Razão e desejo.
Como em L’Orfeo, considerada a primeira ópera, foi sonora, impactante e cativante.
Ato VIII – A alquimia da diva
(Carmen, Georges Bizet)
E então… Carole Crema.
Não entra em cena, irrompe com a sua presença de uma diva soprano.
Fez alquimia com amarena como se estivesse invocando deuses antigos.
Ali, a confeitaria virou rito.
Como Carmen, é poderosa, precisa, mística.
É um solo. É Carmen. É Callas. É Carole.
Ato IX – O compasso exato
(Don Giovanni, Wolfgang Amadeus Mozart)
Chef Maicon, fez duetos e solos, sustentou acordes, sem nunca desafinar.
Como Don Giovanni, tem o virtuosismo, a precocidade, elegância cênica, mas zero vilania. Só maestria.
Ato X – O encantamento final
(The Magic Flute, Wolfgang Amadeus Mozart)
Júlio Cepe fez solos gustativos.
Equilibrou técnica e ternura.
Foi pop, foi profundo, foi papageno, foi papagena, foi Cepe.
Fechou a ópera como se abrisse outra.
Porque todo grande final é, no fundo, um convite ao próximo ato. Foi A Flauta Mágica oferecida à plateia em transe.
Grand Finale – A pergunta que não se cala
(Turandot, Giacomo Puccini)
As luzes se apagam. Os stories se encerram. Os potes se esvaziam.
Mas o gosto… fica.
O grande maestro, o Sr Cristiano Ferrero, juntamente com o primeiro solista Adriano Alves, conduziram esta Ópera de sabores em muitos atos.
O espetáculo foi criado e teve a execução da equipe de virtuoses da agência BigBee, que apresenta o porque branding não se faz só com slogan.
Se constrói com presença, com conexão, com memória afetiva.
E que Nessun dorma! (Ninguém durma!), que venham os próximos atos. Porque a ópera está longe de acabar. Ela vive, intensa, provocante e magistral no lançamento do novo gelato Opereta da AROMITALIA.
É para aplaudir em pé.