sábado, dezembro 6, 2025
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O 17º Congresso ABMRA foi isso, é muito mais.

Um congresso não é só um evento, é uma lavoura de ideias. O 17º Congresso ABMRA foi isso: um dia inteiro arando conceitos, adubando reflexões e plantando sementes que, cedo ou tarde, vão germinar nas empresas e nos corações de quem esteve presente.

O fio condutor foi claro: os 5 Ps do marketing. Pessoas, Processos, Praça, Promoção e Performance. Cinco letras que soaram como mantras, mas também como ferramentas de campo. E que a Maria Cristina T. Bertelli, em sua licença poética incluiu também o 6 P, de Porteira.

No Painel Pessoas, Bill Moraes trouxe a disciplina da FranklinCovey como quem mostra a força da raiz; Claudio Vicente fez a Disney encontrar a roça, lembrando que encantamento também colhe produtividade; e Paulo Camargo, ex-presidente do McDonald’s, mostrou que cultura organizacional e visão humanista são tão essenciais quanto a água para a semente. No painel eu pude provocar e debater sobre o tema pessoas com essas feras, com casos práticos.

Já no Painel Processos, Adriano Henriques, do IAB, e Marcondes Farias, da Microsoft, plantaram tecnologia na lavoura. IA, dados, sensores… parecia ficção científica, mas é só o agro se preparando para ser mais ágil do que as próprias estações do ano. Bia Ambrogi, presidente da APRO+SOM trouxe luz sobre a pós produção de audiovisual em tempos de IA.

Na Praça, Rafael Vieira e Paulo César Tiburcio falaram de distribuição e logística como quem fala de irrigação: se não chega no ponto certo, na hora certa, o fruto perde força.

Promoção virou cultura de branding com Bruno Busquet (POPAI Brasil) e Melissa Vogel, que assume a presidência do Cenp na próxima gestão, desatou o nó entre o off e o online como mix de mídia, ambos lembram que comunicação não é barulho: é sinfonia afinada, capaz de transformar informação em confiança. Com participação especial de Rodrigo Neves, presidente da Anamid, que trouxe uma visão especial sobre a estratégia digital.

E na Performance, Diego Senise e Juliano Machado mostraram que medir não é mania de consultor, mas a chave para entender se a plantação vai dar boa safra. ROI, métricas, indicadores… tudo isso sem esquecer que o dado só tem sentido quando ajuda o agricultor, e o mercado, a florescer.

Entre cada painel, o Congresso foi regado por moderadores e debatedores que costuraram visões diversas: Pedro Costa, Afonso Abelhão, Marusa Trevisan, Bia Ambrogi, Jaqueline Silva, Angela Ruiz… cada um como abelhas polinizando o debate e garantindo que nenhuma ideia ficasse sozinha no pé.

Sob a liderança de Ricardo Nicodemos, presidente da ABMRA, o encontro ganhou ainda mais energia e propósito. Ele foi o maestro que deu o tom da orquestra de ideias, lembrando que o agro precisa, mais do que nunca, unir vozes para plantar inovação e colher futuro.

E para coroar a jornada, a participação super especial do professor e ex Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues trouxe aquele peso histórico e visionário: sua fala foi como uma árvore centenária que, mesmo com raízes profundas, continua apontando para o céu. E cravou sobre o Brasil ter potencial para alimentar o mundo, diminuindo a fome, e consequentemente as guerras, e a migração populacional em busca por alimentação.

Ao final do dia, a sensação coletiva era de campo recém-plantado: chão fértil, sementes lançadas e a expectativa de uma colheita farta.

Se o agro é espelho do tempo, o Congresso ABMRA mostrou o reflexo do futuro: um setor que une tradição e inovação, enxada e satélite, branding e bioplástico.

E assim ficou claro: quem planta ideias em um evento como esse, colhe um futuro mais promissor. Que venha a próxima edição.

Afonso Abelhão é fundador e CEO da agência BigBee, presidente da APP BRASIL e conselheiro no IVC.

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