quarta-feira, dezembro 11, 2024
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NPC “non-playable character”, lives e a marca pessoal. Aonde iremos parar!!!

Antes de qualquer comentário, vamos entender o que é NPC.

NPC, sigla, em inglês, que significa “non-playable character” (em tradução livre para o português seria “personagem não jogável”, surge inspirado nos personagens de games que costumam ser figurantes dentro das narrativas dos jogos de vídeo games e estão presentes na história do jogo, muitas vezes repetem uma série de falas e movimentos, mas não há controle sobre eles.

Isso por mais incrível que pareça se tornou a nova Trend do Tik Tok nos últimos dias, fazendo com que as pessoas imitem esse tipo de personagens para ganhar presentes virtuais que são revertidos em dinheiro na “vida real”!!!!!!!!!!!! Estamos falando em pessoas fazendo lives com looping de ações (ações repetitivas) e interagindo com os expectadores, que são os responsáveis por comandar as ações e falas destes “criadores de conteúdos”, que por sua vez, devem responder com vozes infantilizadas. Com isso, esses “criadores de conteúdo”, chegam a ganhar US$1.000,00 por live e milhares de seguidores!!!!!

O mais insano a meu ver é que aqueles que assistem ao conteúdo precisam comprar literalmente os “presentes”, figurinhas estas que utilizam para interagir com os “criadores de conteúdos”. Primeiro, é preciso comprar o que o TikTok chama de “Moedas”, que só podem ser utilizadas dentro da plataforma, e são com elas que os espectadores enviam os “presentes”. Segundo matéria do O GLOBO | Tecnologia. “Em um vídeo que acumulava quase meio milhão de visualizações até este sábado, a influenciadora brasileira @anaa_chr2 conta que, em duas horas e cinco minutos de live NPC, conseguiu faturar US$ 233 (o equivalente a cerca de R$1.235). O saldo aparece no próprio TikTok, com um print que foi exibido pela criadora.”

Mas não para por aqui, Issaaf Karhawi, que é um pesquisadora da USP em comunicação digital do Com+, núcleo de pesquisa de comunicação e mídias digitais, disse em matéria ao Notícias da manhã (veja matéria): “…levanta outras problemáticas envolvendo o fenômeno. De acordo com ela, a “fetichização” de corpos femininos e a sexualização de meninas são aspectos preocupantes que vão além das questões de monetização. Karhawi observa que estamos testemunhando novos acordos morais alinhados às demandas das plataformas digitais e às promessas de dinheiro fácil em um contexto de crise econômica.”

Bom agora fica a minha reflexão!

Talvez eu seja criticado por uns ou compreendido por outros, mas isso não importa, pois o que quero trazer aqui é: O que, como marcas pessoais que de certa forma influenciamos pessoas, estamos deixando de legado para o futuro?

Até que ponto nos submetemos em prol da fama e dinheiro? E se a tendência acabar amanhã como fica minha marca pessoal de “influenciador”, uma vez que embarquei nessa Trend? Como fica minha credibilidade e valores? Enfim a resposta e reflexão deixo para vocês, só acho que estamos indo num caminho sem volta, sem regras e sem estratégia o que fatalmente levará a um abismo profundo e provavelmente sem volta para muitos….

Paulo Moreti, especialista em personal branding, publicitário, coach e autor.

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