quinta-feira, novembro 21, 2024
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Mercado publicitário já começa a reverter os impactos econômicos da pandemia

O impacto causado pela pandemia da Covid-19 e a retração econômica sobre os investimentos em publicidade começam a se reverter, embora grande parte das agências baianas ainda projete perda de receita este ano, em média de 40%, segundo 17,95% dos entrevistados.

Os dados são da segunda edição da pesquisa VANPro (Visão de Ambiente de Negócios em Agências de Propaganda), realizada em 2020, pela Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro), em parceria com o Sindicato das Agências de Propaganda do Estado da Bahia (Sinapro-Bahia).

De acordo com a sondagem, para 12,82%, a previsão de queda da receita no primeiro semestre deste ano será de 40% a 50%; já para 10,26% dos representantes das agências entrevistadas, a queda será de 60% a 70%; outros 10,26% acham que a retração será de 20% a 30%. O percentual que acredita que a receita reduzirá ainda mais, entre 70% e 80%, foi de 7,69%. Já 2,56% preveem uma queda na receita de apenas 10% a 20%. Mas, há também o percentual dos que não sentiram os efeitos da pandemia em seus negócios (17,95%); ou os que acreditam que conseguirão ter um aumento da receita no primeiro semestre de 2020 (15,38%).

Quando perguntados sobre a previsão de queda na receita das agências em 2020, em comparação ao ano passado, 20,51% dos entrevistados acreditam que a retração deve ser acima de 50%. Para 15,38%, a queda deve ser de até 30%; enquanto 12,82% creem que a redução será de até 40%. Os que preveem um decréscimo de 20% em seus faturamentos são 10,26% do total de entrevistado e 5,13% contabilizam que a redução em 2020 em relação ao ano anterior será de até 10%.

Mas, na contramão da crise, 20,51% calculam que não devem ter uma queda no faturamento este ano em relação a 2019; outros 7,69% presumem que a receita de suas empresas deve aumentar em 2020 frente a 2019. Esta segunda edição da pesquisa VanPro, um importante termômetro atual dos negócios e da gestão das agências de publicidade em todo o País, contou com a participação de 347 empresas de 21 estados e do Distrito Federal. “Na Bahia, responderam ao questionário 36 agências associadas ao Sinapro, o que nos coloca como o segundo estado com maior participação na pesquisa nacional, ficando atrás apenas de São Paulo, que detém o maior número de agências”, orgulha-se a presidente do Sinapro-Bahia, Vera Rocha.

Panorama nacional – Realizada no último quadrimestre (maio-agosto/2020), a sondagem mostra que, passado o grave choque inicial da pandemia, 33% das agências já conseguiram retomar o desempenho nos níveis anteriores à COVID-19 – um percentual quase quatro vezes superior ao registrado na sondagem anterior (7%), realizada no primeiro quadrimestre – e 41% delas veem o futuro com perspectivas boas ou muito boas. Por outro lado, o número de empresas que apontam as perspectivas como ruins, muito ruins, ou inclusive admitem que poderiam interromper as atividades, caiu de 30% para 11%.

“Detectamos uma visível melhora na percepção dos entrevistados em relação à recuperação do negócio e das perspectivas futuras”, conta Daniel Queiroz, presidente da Fenapro, ao explicar que o número de agências que viam o cenário como positivo, no quadrimestre passado, era de apenas 16%. “Este número aumentou 150% no último quadrimestre”, destaca.

Entre as agências baianas que tiveram redução na receita, 25,64% preveem se recuperar em seis meses; outros 25,64% entre seis meses e um ano e 7,69% em mais de um ano; sendo que 5,13% não prevê retomar o mesmo patamar de receita. A sondagem também avaliou os aspectos que representam as principais dificuldades para as agências hoje e mostrou que a captação de recursos continua sendo a principal delas (38,46%); seguida da gestão financeira (30,77%); gestão da equipe (20,51%), relevância junto aos clientes (7,69%); gestão dos projetos (2,56%).

Medidas Adotadas – A redução de jornada e salário foi uma medida adotada por 62,5% das empresas entrevistadas (tanto na sondagem atual, quanto na do quadrimestre anterior – 64,29%); seguida de férias coletivas, utilizada por 45% das empresas, contra 64,29% na primeira sondagem. O percentual de empresas que demitiu subiu de 28,57% para 40% e o das empresas que utilizou o empréstimo para pagamento da folha aumentou de 14,29% para 20%.

A alternativa de crédito mais utilizada foi a postergação de impostos, utilizada por 42,5% das empresas, seguida do parcelamento de impostos (20%) e do crédito regular dos bancos (10%). O pagamento de folha subsidiado pelo BNDES foi utilizado por 12,5% dos entrevistados; o giro subsidiado pelo BNDES, por 5%, e o giro com taxa reduzida da Caixa, por 10%.

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