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Meli e NU lideram influência digital

TEC Institute, em parceria com a MIT Technology Review Brasil e a Bendita Imagem, agência de Relações Públicas, lançaram nesta segunda-feira (16), o estudo Radar de Influência Digital. A pesquisa analisou quais são as marcas com maior influência digital, segundo os consumidores, destacando os métodos de interação mais utilizados e a frequência com que esses contatos ocorrem.

As cinco empresas mais citadas pelos entrevistados foram: Mercado Livre (1026 pontos), em primeiro lugar. Seguido por Nubank (747), Google (702), Amazon (696) e Netflix (639). Os motivos para essas marcas serem as mais escolhidas foram: conteúdo relevante e atrativo, respostas rápidas e eficientes, comunicação personalizada e variedade de produtos e serviços.

Ao todo, mais de 350 marcas foram citadas e nenhuma atingiu 70% das escolhas, o que segundo o CEO da MIT Technology Review, Andre Miceli, significa que: “O mercado é muito competitivo e existem múltiplas opções relevantes na mente dos consumidores. Esse número expressivo, além de refletir a grande diversidade e fragmentação do mercado digital no Brasil, também indica que os consumidores têm percepções e preferências variadas. Abrangendo desde grandes players reconhecidos nacionalmente até marcas de nicho ou regionais que se destacam em contextos específicos”, analisa o executivo.

A pesquisa também mostrou qual é a forma mais utilizada pelos consumidores para interagirem com as empresas. A mais comum foi “usando os produtos diariamente”; seguida por “comprando os produtos/serviços online”; “através das redes sociais” ficou em terceiro, “visitando o site da marca”, em penúltimo; e “via aplicativo” na última posição.  Quanto à frequência de contato com a empresa, a maioria fala “ocasionalmente (1-3 vezes por semana)”.  “Raramente (1 vez por semana)” vem na segunda posição.  “Muito frequentemente (mais de um dia)” em terceiro; “frequentemente (uma vez ao dia)” em quarto e “nunca”, em último lugar.

“O consumidor brasileiro interage com as marcas de forma ocasional, mas relevante, seja por meio de compras online, uso de aplicativos ou redes sociais. Essa frequência moderada, mas constante, demonstra a importância do digital como um canal de relacionamento direto”, explica Augusto Pigini, Diretor de Operações da Bendita Imagem.

Recorte regional difere do nacional

Olhando o recorte regional, é possível observar que as percepções dos brasileiros diferem de um lugar para o outro.  A Amazon, que é a quarta colocada no ranking nacional, aparece em primeiro nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Norte. No Nordeste e Sul, a liderança é do Mercado Livre.

Outro ponto que difere é a aparição de marcas como Nike (2º), Apple (4º) e iFood (5º) no top 5 da região Centro-Oeste.

Confira as cinco marcas mais citadas nas regiões do Brasil:

Centro Oeste: Amazon (1º), Nike, Nubank, Apple e iFood.

Nordeste: Mercado Livre (1º), Google, Amazon, Nubank e Netflix

Norte: Amazon (1º), Mercado Livre, Google, Nubank e Netflix

Sudeste: Amazon (1º) Mercado Livre, Google, Nubank e Netflix

Sul: Mercado Livre (1º), Nubank, Amazon, Google e Netflix

“Analisando o estudo, percebemos que o mercado digital é altamente fragmentado, competitivo, dinâmico e com diversas marcas disputando a preferência dos consumidores e espaço para inovação e diferenciação em todas as regiões do país”, analisa Miceli, que completa:  “Não há uma marca que domine o cenário digital completamente, entretanto, um fator nos chamou atenção. O Mercado Livre mostrou uma força digital consistente, sendo lembrado por consumidores de diferentes regiões e faixas etárias. Isso reflete não apenas sua abrangência, mas também sua relevância no dia a dia dos brasileiros”.

Veja aqui outros insights sobre a pesquisa Radar de Influência Digital:

 

 

·  Lembrança do consumidor não tem a ver com capacidade de inovação

 

Estar entre as 10 marcas mais lembradas, não há uma correlação direta entre influência digital e inovação. A percepção de inovação entre as marcas mais lembradas não é dominante, sugerindo que há espaço para trabalhar este atributo como diferencial competitivo.

 

 

·  Destaque consistente

 

Marcas como Mercado Livre aparecem em todas as posições (primeira, segunda e terceira), o que indica que elas têm um reconhecimento generalizado e não estão limitadas a uma posição específica. Isso sugere força de marca consistente.

 

 

·  Liderança em primeira posição

 

Algumas marcas, como Nubank e Google, têm uma presença mais destacada na primeira posição do que em outras. Isso pode significar que são lembradas como líderes ou pioneiras em sua área, especialmente por características marcantes como inovação ou proximidade com o consumidor.

 

 

·  Força em posições secundárias

 

Amazon se destaca mais na segunda posição do que na primeira, o que pode indicar que é lembrada como uma forte concorrente, mas talvez não como a principal marca para muitos.

 

 

·  Flexibilidade das marcas

 

Netflix aparece de forma equilibrada entre as posições, o que pode indicar que é lembrada tanto como líder (primeira posição) quanto como uma alternativa relevante (segunda e terceira posições).

 

 

·  Estratégias diferenciadas

 

A análise pode revelar a necessidade de ajustar estratégias de marca. Por exemplo:

·  Marcas mais fortes na primeira posição (como Google) podem trabalhar para fortalecer sua presença em posições secundárias, aumentando o alcance.

·  Marcas que aparecem mais em posições secundárias (como Amazon) podem focar em diferenciais que as tornem lembradas como líderes.

 

 

·  Contexto de liderança por categoria

 

Mercado Livre lidera em todas as posições, mas seu equilíbrio sugere que não domina de forma absoluta. Essa presença diversificada indica um reconhecimento geral como “top of mind” em diferentes contextos, talvez mais pela abrangência do que por inovação em si.

 

Marcas como Nubank e Google, que têm mais força na primeira posição, são vistas como líderes diferenciadas e podem estar ligadas a atributos específicos, como inovação tecnológica (Google) ou proximidade com o consumidor (Nubank).

 

 

·  Posicionamento competitivo

 

Amazon aparece mais na segunda posição, indicando que é competitiva, mas talvez ainda esteja superada por outra marca na percepção inicial dos consumidores. Pode ser uma oportunidade de estratégia para aumentar sua lembrança principal (primeira posição).

 

 

·   Relevância de marcas de nicho

 

Netflix aparece equilibrada em todas as posições, o que sugere uma força constante, mas não dominância. Essa presença pode ser ligada à sua atuação como uma marca de nicho (entretenimento), o que a mantém relevante, mas não necessariamente a coloca no topo de todas as listas.

 

·  Oportunidade para novas estratégias

Algumas marcas que aparecem mais em posições secundárias e terciárias podem ter espaço para crescer, especialmente se focarem em estratégias que as posicionem como líderes:

·  Melhorar sua percepção de inovação.

·  Investir em campanhas de “awareness” que as associem ao topo da mente dos consumidores.

 

Metodologia aplicada

O Radar de Influência Digital das empresas, que ouviu mais de 400 pessoas no Brasil inteiro, durante o mês de novembro de 2024, utilizou um sistema de pontuação (5, 3 e 1 ponto) para classificar as marcas de acordo com sua posição na lembrança dos participantes. Os consumidores foram convidados a citar até três marcas que consideram ter uma forte presença digital em um formulário online. Na hora de responder a perguntas sobre o porquê da escolha da empresa e sobre a sua frequência de interação, a escala Likert (de 1 a 5) foi usada para obter os resultados.

O objetivo do levantamento foi compreender os fatores que levam ao destaque digital das marcas, a percepção de inovação e o comportamento de interação dos consumidores. Além disso, os entrevistados justificaram suas escolhas, informaram seus métodos e frequência de interação com as marcas e avaliaram sua percepção de inovação.

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