Cresce de maneira expressiva a aplicação do conceito moderno de Operações de Baixo Custo, que chamaremos LCO, nos mais diversos segmentos da economia brasileira.
Por essa prática, a obsessão por redução de custos e despesas integra-se aos novos fatores estratégicos de desempenho, como inteligência operacional, estruturas leves, escaláveis e flexíveis, uso da tecnologia como núcleo de eficiência e o cliente no centro de tudo o que fazemos, com simplicidade e entregas efetivas, produzindo um ambiente favorável à alta competitividade e perenização de negócios.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
No conceito original de baixo custo, há uma clara prevalência do que hoje chamamos de “mindset fixo” ou -cultura de gênio-, quando o foco está apenas nos resultados, nas oportunidades de provar valor e entregar desempenho de alto nível, sem considerar o crescimento e desenvolvimento necessários para se chegar lá. Os resultados deste tipo de comportamento tendem a ser negativos no longo prazo, na medida em que as abordagens priorizam o talento nato, evitando erros e inibindo o aprendizado contínuo.
Em outro sentido, avança de maneira consistente os modelos de “mindset de crescimento” ou -cultura de crescimento- onde o talento e as competências podem ser aperfeiçoadas por meio de estratégias, orientação e apoio organizacional. Comportamentos desta natureza produzem alto nível de colaboração, estímulo à inovação, resiliência e disposição para assumir riscos, desenvolvem a integridade e comportamento ético, respeitando diversidades e práticas inclusivas.
PANORAMA GERAL:
Estudo recente publicado pela Fundação Getúlio Vargas (IBRE) indica que a produtividade média de mais de 55% da PEA – População Economicamente Ativa (serviços) cresceu 0,2% ao ano, nos últimos dez anos, contra 5,8% do setor agropecuário (20% PEA) e -0,38% da indústria (24% da PEA).
Quando comparamos com os mercados competitivos, encontramos “dois oceanos” de oportunidades para melhorias incrementais e redução de custos. Na média, alcançamos 1/5 da produtividade americana e 1/10 dos países da OCDE, no segmento de serviços.
Considerando o alto impacto do custo de mão de obra na composição dos custos totais em serviços (fala-se em 50/70% nos hospitais e clínicas, 40/60% em hotelaria, 60/75% em conservação e limpeza, 70/85% em educação presencial), não é difícil afirmar que tratar a baixa produtividade da nossa mão de obra é um dos caminhos para aumentar a eficiência dos negócios e ampliar a geração de riquezas.
MORAL DA HISTÓRIA:
Deixar de beneficiar-se das “janelas de oportunidades” que estão abertas é um dos sinais de baixa maturidade em gestão. Implementar o conceito de Inteligência Operacional, utilizando-se de dados estruturados e qualitativos, desenvolvendo as competências analíticas da equipe, estimulando a cultura de execução disciplinada, automatizando onde houver repetição e conectando a operação com a estratégia, nos levará inevitavelmente ao grupo das empresas competitivas, qualquer que seja o segmento.
Gaste um tempo para refletir sobre as considerações e recomendações apresentadas.
Com as palavras atribuídas à Eliyahu Goldratt, segundo as quais “Não diga que você não tem tempo. O que você não tem é clareza sobre as prioridades”, desejo que você amplie permanentemente a sua capacidade para priorizar o que efetivamente produz valor aos negócios e à vida.
Raimundo Sousa.
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