O que fazer quando duas marcas de sucesso, como Burger King e McDonald’s, criam um desafio e, de repente: Eu, tu, ele e nós, deparamos com parte dessa ação nas redes sociais? O boca a boca é conhecido como um dos mais poderosos elementos do marketing, desde épocas passadas e potencializado na época moderna a partir da capacidade de proliferação acelerada de mensagens que trazem as redes sociais.
Esses dias fomos testemunhas de uma das mais criativas campanhas virais, onde Burger King desafiou seu rival histórico McDonald’s para juntos fazerem um lanche para um único dia icônico, cujas vendas seriam dedicadas a uma ONG pela paz mundial, o McWhooper.
Vários fenômenos foram rapidamente identificados a partir desta ação, inclusive aqui no Brasil. Uma pesquisa nas redes sociais desenvolvida pela Ipsos Connect – unidade de negócios que coordena os serviços voltados para a área de Comunicação de Marca, Propaganda e Mídia – revela que no nosso país, o buzz nas redes sociais para os principais players desse segmento cresceu de maneira expressiva (390% durante os três primeiros dias após desafio ter sido lançado). Porém, o mais interessante foi que marcas como Giraffas, com sua ação ‘Nós aceitamos’, conseguiram rapidamente aproveitar o impulso na onda.
Giraffas cresceu seu buzz mais que o resto (1000%), e foi a marca que trouxe mais associações positivas nas suas menções (28% vs 17% e 18% dos concorrentes). Além disso, conquistou em torno de 10% do share de menções vs 3% do seu histórico.
A resposta do McDonald’s o deixou um passo atrás. Sendo líderes tradicionais no share of buzz (63% antes da campanha), eles perderam o primeiro lugar para Burger King, que foi quem melhor capitalizou a própria ativação, ficando no primeiro lugar do pódio (subiu de 34% para 58% neste quesito).
As plataformas de redes sociais mostraram mais uma vez a democracia do marketing moderno. Nelas, resultados podem ser alcançados não só realizando boas campanhas próprias: “pegar carona” em uma como esta também pode ser uma ótima ideia.