A admiração por peças surreais, que provocam a imaginação, foi o que levou o diretor de cinema Fabricio “Faga” Melo, carioca de São Gonçalo e sócio da produtora Dirty Work, a direcionar boa parte do seu trabalho para a Animação.
Em 2012 ele se formou em Rádio e Televisão pela Faculdade Cásper Líbero. Em seguida fez o curso de Efeitos Visuais pela AXIS School. Foi um passo para estudar Fotografia na Light Extreme, em Los Angeles, e concluir sua formação na Escuela Cinematográfica Argentina.
Em 2013 Faga Melo já era assistente de direção e 2D Animação na Insônia Filmes. Se especializou como animador na Duo2, atividade que o levou a produzir para o comitê organizador dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.
Antes de chegar à Dirty Work, atuou como freelancer em direção de cena, Animação e Efeitos Visuais.
Filmes lúdicos mexeram com ele e confirmaram sua vocação. Como “The Cage”, da Nike, de 2010, que segundo o diretor, além de contar com estrelas do futebol também fez o esporte ser visto de forma diferente pelos fãs.
E como grande inspiração em Animação, ele cita um clássico de 1995, o “Mr. Bombástico”, da Levis.
Embora com uma carreira ainda nova, Faga Melo já é um diretor premiado, explorando diferentes técnicas. A Dirty Work é uma produtora e estúdio brasileiro de animação criativa, com atuação internacional, atendendo grandes marcas globais.
Nos últimos anos, Faga dirigiu o filme “Coorslide”, escolhido como Vimeo Staff Pick Melhor do Ano. Ao lado de Gustavo Leal, dirigiu “Decifrei”, vencedor do One Show, CLIO Awards e Cannes Lions, e também foi um dos diretores do premiado curta-metragem “Footsteps On The Wind”, qualificado para o Oscar.
O filme em animação conta a história de uma família que se separa em razão de um desastre ecológico. A ideia é mostrar que nem todo o refugiado é criminoso ou migrante econômico, mas que a maioria está fugindo de situações ruins na esperança de encontrar uma vida melhor. A música “Insallah” foi uma doação do compositor e cantor britânico Sting para o projeto.
Neste ano de 2025, ele e Gustavo Leal se juntaram a um grupo de publicitários que voluntariamente criaram uma campanha para o Gavião Kyikatejê Futebol Clube, o primeiro time de futebol profissional do Brasil formado por jogadores indígenas.