A equação que está redefinindo a reputação corporativa
Deixa eu te contar uma coisa…
Você acredita que ainda existe, no imaginário de muitas empresas, uma ideia ultrapassada: “Executivo que aparece demais está fazendo marketing para si mesmo, e não para a empresa.”
Essa percepção é confortável… mas não é verdadeira e o mercado já provou isso de todas as formas possíveis.
Quando um líder se posiciona com clareza, propósito e estratégia, sua visibilidade não inflama o ego, na verdade amplia o valor da marca corporativa. Ele se torna a expressão viva da cultura, a lente pela qual talentos, clientes e investidores interpretam a empresa. É o rosto que traduz a narrativa institucional para o mundo real.
E por que isso importa tanto?
Simples: reputação não nasce do que a marca diz, mas do que seus líderes demonstram.
Os dados reforçam a ideia e já trouxe isso em outro conteúdo, um relatório da Brunswick indica que profissionais do setor financeiro confiam até nove vezes mais em CEOs ativos nas redes sociais. Não é detalhe; é uma mudança estrutural na forma como confiança é estabelecida. E 82% das pessoas pesquisam sobre o CEO antes de aceitar uma vaga, o que demostra o que liderança e employer branding são, hoje, indissociáveis.
Quando um executivo escolhe o silêncio digital ou lhe é imposto, a empresa perde uma das armas mais poderosas da nova comunicação corporativa: a humanização estratégica. Sem a presença do líder, a marca fala sozinha e quando a marca fala sozinha, ela perde força, profundidade e humanidade, porque empresas não emocionam, quem emociona são pessoas.
No momento em que um executivo ou executiva assume sua presença pública com intencionalidade, acontece algo muito precioso: • A marca corporativa ganha voz. • A cultura ganha forma. • As narrativas ganham consistência. • Os stakeholders ganham confiança.
E o mercado, esse responde, isso significa que a empresa amplifica sua influência sem aumentar esforços, apenas ativando quem já deveria ser seu principal embaixador. Os/as líderes funcionam como pontes, que conectam o propósito da empresa à expectativa do mercado, transformando discursos em realidade e traduzindo valores em comportamento.
É ingenuidade de muitas marcas corporativas acreditar que isso é opcional, diria que é como entrar em uma disputa de mercado usando uma ferramenta dos anos 90 enquanto seu concorrente opera com precisão cirúrgica no terreno digital já utilizando inteligência artificial.
Tem outro ponto que comento muito e é essencial e que muitas companhias evitam encarar: Executivo(a) invisível não é neutro, ele(a) enfraquece a marca, porque onde não há presença, surge especulação, onde não há narrativa, surge ruído e onde não há liderança visível, surge insegurança.
O mercado não confia no que não conhece, não compra de quem não conhece e muitos talentos não se conectam com o que não inspira. Empresas que entendem isso já estão colhendo resultados: reputações mais fortes, atração de talentos mais qualificados, engajamento interno mais alto e uma vantagem competitiva que simplesmente não pode ser replicada apenas com branding corporativo.
Só posso dizer o seguinte, a verdade é direta: Executivos bem-posicionados não tiram protagonismo da empresa, ampliam. Executivos invisíveis não protegem a marca, silenciam o que deveria ser ouvido.
A presença do líder é um ativo que muitas, mas muitas marcas corporativas ainda não se atentaram, um ativo estratégico que influencia percepção, acelera crescimento e fortalece o ecossistema corporativo.
Final, tudo se resume a uma escolha simples para as marcas corporativas: Sua empresa quer líderes que explicam a marca? Ou líderes que apenas carregam o crachá?
A reputação do mundo corporativo moderno está sendo escrita pelos executivos que ousam aparecer, não pelos que se escondem atrás do título.
E então, bora trabalhar essa marca pessoal?
Paulo Moreti | Personal Branding Specialist
