O setor de eventos com foco na geração de negócios, como os congressos e feiras tem sofrido muito desde o início da pandemia e nas últimas semanas, algumas iniciativas dos três níveis Governamentais tem visado a recuperação deste setor que está basicamente paralisado desde março de 2020.
Entre eles está o Projeto Emergencial para a Retomada do Setor de Eventos (Perse) recentemente aprovado pelo governo federal, o plano de renovação do complexo Anhembi, em concessão a empresa GL events, transformando o local em um polo de realização de todos os tipos de eventos, incluindo corporativos, entretenimento, e o recente anúncio do governo estadual sobre a realização de dez eventos teste presenciais (duas feiras de economia criativa, uma feira corporativa (seguindo o modelo da Expo-Retomada 2020), quatro festas sociais, sendo pelo menos um casamento e um jantar corporativo e 3 eventos corporativos de menor porte que começarão a ser realizados no mês de julho.
Com o apoio e participação de executivos e entidades do setor (como a UBRAFE e a ABEOC Nacional, a ABRACE e o SINDIPROM, Santos Visitors & Convention Bureau), os eventos teste têm como objetivo avaliar a retomada segura dos eventos presenciais e monitorar de perto como serão estas iniciativas, afinal, não se trata de uma abertura, e sim de atividades piloto, no qual haverá rigoroso controle em relação ao número de pessoas, medidas de higiene e testagem obrigatória em todos os presentes. A Expo-Retomada 2021 acontecerá nos dias 21 e 22 de julho, na cidade de Santos (SP) e reunirá os principais players da indústria de eventos para disseminar conteúdo e demonstrar os protocolos de segurança e inovações.
Para Paulo Octávio Pereira de Almeida (P.O), Managing Director da Live Marketing Consultoria e idealizador da Expo-Retomada 2020 junto com Fernando Lumertz, essa iniciativa é muito valiosa para o setor e embora todos queiram voltar a realizar e a participar de eventos o mais rápido possível, não dá para fazer isso sem critério. “O setor de feiras e eventos emprega em torno de 2 milhões de pessoas direta e indiretamente, mas não dá simplesmente para liberar os eventos, com milhares de pessoas circulando aleatoriamente em pavilhões. Com essa iniciativa, vai ser possível avaliar e detectar quais pontos merecem atenção, o que é preciso ajustar e o que deu certo. Seguir à risca aos protocolos existentes é fundamental”, conclui o executivo, responsável também, pela segunda edição da Expo-Retomada.
A primeira edição do evento ocorreu depois de 8 meses de paralização total do setor (durante a 1ª onda da pandemia em 2020) e foi o primeiro a obter o alvará oficial de realização na cidade de São Paulo. Paulo Octávio Pereira de Almeida explica que em 2020, o evento sem fins lucrativos contou com a cooperação de diversas associações do setor de eventos e tinha como principal objetivo disseminar que, seguindo os protocolos existentes, os eventos B2B são seguros. Agora, com a edição 2021, a ideia é comprovar e monitorar isso através de uma parceria com as secretárias de saúde “Os eventos B2B (Business to Business) tem o DNA de serem indutores da economia, e se forem realizados com os devidos protocolos, gestão profissional e baseados na ciência possuem risco zero” – conclui.