quinta-feira, janeiro 30, 2025
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Egobranding, um alerta para C-Levels e RH

Artigo por Paulo Moreti

Deixa eu te contar uma coisa!

Já não é de hoje que vivemos tempos de grande exposição e a visibilidade, que acabam sendo moedas valiosas para profissionais de alto escalão. No entanto, não é somente isso, a gestão da marca pessoal vai muito além de postagens bem elaboradas no LinkedIn ou de um networking feito de uma forma agressiva e não como algo duradouro. Esta gestão exige estratégia, alinhamento com valores, posicionamento e um olhar atento para evitar armadilhas perigosas, como o egobranding, termo esse que há muitos anos, se não me engano em 2014, publiquei um artigo sobre isso, quando li pela primeira fez um conteúdo publicado pelo meu amigo italiano Marco Tomasone um especialista em personal branding.

Mas antes de falar de egobranding, vamos entender o impacto da marca pessoal para executivos e depois com foco no RH.

Para um C-level, a gestão da marca pessoal não é e não pode ser um luxo, mas sim uma necessidade estratégica. Executivos que têm uma marca pessoal bem estruturada se tornam referências dentro e fora das organizações, ampliando o valor percebido não apenas de si mesmos, mas também das empresas que representam, afinal, é muito mais fácil confiar em uma corporação quando seus líderes são reconhecidos como autênticos, inspiradores e coerentes.

Mas cuidado, qualquer desalinhamento entre a marca pessoal e os valores corporativos pode custar caro. Postagens impensadas, discursos inconsistentes ou estratégias de visibilidade baseadas apenas em ego podem comprometer a credibilidade e a influência de um executivo.

Já olhando pelo prisma da área de Recursos Humanos, esta precisa estar atenta ao impacto que a marca pessoal dos seus líderes tem sobre a organização, por isso RH´s e empresas que apoiam e orientam seus executivos na construção de uma marca pessoal sólida, compreendendo quer não estão dando uma ferramenta para que eles se vendam para o mercado, mas sim fornecendo um estratégia para que eles valorizem a empresa e sejam seus embaixadores, têm um diferencial competitivo significativo. Por outro lado, deixar essa gestão ao acaso ou nas mãos de profissionais que vendem apenas “sucesso instantâneo” nas redes é um erro estratégico.

Neste momento é que se faz necessário uma boa assessoria de marca pessoal para que se possa passar por processos estruturados que envolvem:

· Diagnóstico e planejamento estratégico: compreender a imagem percebida e projetada do executivo.

· Definição de posicionamento: alinhar valores pessoais com os objetivos de carreira e empresariais.

· Estratégia de conteúdo e networking: determinar os melhores canais e formatos para fortalecer a presença executiva de forma genuína e consistente.

· Monitoramento contínuo: avaliar a percepção da marca pessoal ao longo do tempo e ajustar a estratégia quando necessário.

Falei tudo isso para chegarmos no trema central deste artigo que é o EgoBranding, um perigo que pode destruir carreiras

No caminho para a visibilidade, muitos executivos caem na armadilha do egobranding, esse é o ponto em que a busca por reconhecimento ultrapassa os limites da estratégia e da autenticidade, transformando o profissional em um narcisista digital.

Casos de “influenciadores” que fabricam realidades, alugam cenários falsos ou divulgam informações sensacionalistas para ganhar seguidores são exemplos extremos, mas a verdade é que o egobranding se manifesta de maneiras mais sutis no mundo corporativo como por exemplo:

· Exposição excessiva sem relevância.

· Posicionamentos oportunistas que não condizem com os valores reais do profissional.

· Conteúdo raso e vazio, focado apenas em autopromoção.

· Tentativa de “viralizar” a qualquer custo, sem pensar nos impactos de longo prazo.

E é aqui que a “bomba explode”, é exatamente neste momento, quando a audiência percebe essa falta de coerência, que a queda é inevitável. Como gestor de marca pessoal, vejo muitas carreiras sendo comprometidas por uma abordagem equivocada, sem uma estratégia clara e sem um trabalho autêntico de posicionamento.

Muitos profissionais criam um marketing FAKE para vender/promover uma imagem que não possuem, mas não demora muito o banho de lama é inevitável. Aqui vale uma ressalva muito

importante, que é a respeito do marketing pessoal. Muitos tratam o marketing como algo negativo pejorativo, tanto é que se usa muito a frase: “Fulano é marketeiro demais!!”, porém o marketing é ótimo aliás, não dá para se construir uma marca sem fazer o marketing, porém este deve estar alinhado ao que a marca é, ou seja, aquilo que sou como marca, meu marketing de comunicar.

E para que isso não aconteça, a construção de uma marca pessoal sólida e respeitada é essencial. Uma marca pessoal forte não se constrói com atalhos, mas sim com planejamento e consistência, devemos iniciar pelo autoconhecimento, para geramos percepções positivas e confianças juntos àqueles que se conectam com nossa marca pessoal, quando isso acontece começamos a construir nossa reputação, onde as pessoas começam a ver valor em nossa marca e nos reconhecendo como marcas de excelência, referências e líderes de pensamento.

ATENÇÃO!!!! ISSO É UM PROCESSO E NÃO DÁ PARA SE PULAR ETAPAS!!!! Que disser para você que existe uma receita mágica para encurtar essa jornada, está mentindo!

Executivos e líderes precisam entender que não basta estar presente, é preciso estar estrategicamente posicionado por meio de 4 pontos:

· Autenticidade acima de tudo: sua marca pessoal deve refletir quem você é, não o que as pessoas querem que você seja.

· Consistência nas mensagens: a comunicação deve estar alinhada aos valores e objetivos de carreira.

· Relevância e profundidade: o conteúdo compartilhado precisa gerar valor real para sua audiência.

· Networking Inteligente: conexões não são apenas sobre quantidade, mas sobre a qualidade das interações e parcerias.

Para mim essa é a frase que deve ser um alerta para o futuro da liderança: Mais Marca, Menos Ego.

Preste muita atenção no que vou dizer agora!

Os líderes do futuro não serão aqueles que buscam apenas aplausos, mas sim aqueles que sabem construir autoridade de forma autêntica e estruturada. E as empresas que compreenderem isso e investirem na gestão de marca pessoal de seus executivos estarão sempre um passo à frente. Portanto, C-Levels, preparem-se! Sua marca pessoal é um ativo valioso, e a forma como você a gerencia pode ser o grande diferencial entre ser apenas mais um ou ser uma referência.

E para os profissionais de Recursos Humanos, fica o alerta: a gestão da marca pessoal dos executivos não é um detalhe, mas sim uma estratégia essencial para o sucesso corporativo e a perenidade das lideranças.

A pergunta é: Você está gerenciando sua marca ou deixando o ego comandar sua narrativa?

Bora fazer a gestão da sua marca pessoal!

 

www.paulomoreti.com

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