A Edelman lança o Cultural Connections: Latin America, um estudo inédito que apresenta as principais tendências de comportamento e consumo de quatro países: Argentina, Brasil, Colômbia e México, identificadas a partir de suas maiores cidades. Para traçar o perfil do latino-americano, foi usada uma metodologia de pesquisa própria da agência.
Coordenado por Maxine Gurevich, senior brand planner, Global Insights, da Edelman em Nova York, o estudo se desenvolveu a partir do trabalho de campo de especialistas dos escritórios da Edelman nesses quatro países. “Os times compilaram, entre outras informações, as nuances dos mercados, o que as pessoas estão comprando e por que e, o mais importante, o que as marcas precisam saber antes de se estabelecerem nessas regiões”, diz Gurevich.
Esse tipo de iniciativa, como ressalta Allan McCrea Steele, CEO da Edelman na América Latina, é um diferencial da empresa. “Constantemente, apresentamos ao mercado estudos que representam nossas ideias criativas e nossas estratégias de trabalho, além de manter nossos profissionais mais atualizados e melhor informados”, diz McCrea Steele.
A pesquisa aponta, entre outros dados, que a América Latina está de fato integrada, com diversas tendências comuns entre os países. Os movimentos de reocupação dos espaços públicos, por exemplo, são cada vez mais frequentes e intensos:
- Em São Paulo, a Avenida Paulista, uma das mais importantes vias da cidade, foi fechada para carros aos domingos. Essa e outras ruas e praças seguem atraindo cada vez mais pessoas em busca de lazer, ciclistas e manifestantes de causas políticas e sociais. Algumas marcas souberam surfar na onda e trazer para si bandeiras como o uso da bicicleta e da causa LGBT. Além disso, os food trucks, os food parks e os parkletts, uma espécie de minipraça construída no espaço de uma vaga de carro, vieram para ficar.
- Enquanto isso, em Buenos Aires, além dos movimentos sociais, e dos food trucks, os festivais ao ar livre e as maratonas de rua, por exemplo, têm atraído muita gente aos espaços públicos.
- A cidade do México, por sua vez, passou por um importante processo de revitalização, no qual cartões postais como o Monumento a la Revolución foram reformados. Com isso, o local recebe de skatistas a manifestantes de diversas causas. No local, a cultura do street food também é forte, com suas torterías e loncherias.
- Em Bogotá, onde a bicicleta também tem substituído o carro com cada vez mais frequência, os food trucks, os amantes dos esportes, com seus personal trainners, e as aulas de yoga e pilates invadiram os parques da cidade.
O cuidado com a saúde física e mental; a busca por uma alimentação saudável e orgânica; o interesse por formas de consumo mais eco-friendly, e o aumento da população com acesso à internet (onde os influenciadores digitais direcionam o consumo da massa) estão entre outras tendências na América Latina. Por outro lado, cada região possui suas peculiaridades. Em Buenos Aires, é forte a cultura business, na qual os argentinos se apresentam como empreendedores natos. No México, os negócios orientados por causas sociais surgem visando o desenvolvimento social das comunidades locais. Além disso, foi identificado um aumento no número de galerias e feiras de arte em São Paulo, ao mesmo tempo que intervenções artísticas e posters poéticos estão por toda a parte. O Cultural Connections: Latin America surgiu a partir da experiência do Cultural Connections: Southwest Asia, lançado em janeiro de 2015.