Chega ao Brasil o Círculo de Criativas Brasil, grupo que reúne mulheres profissionais de criação com o objetivo de promover o fortalecimento e valorizar o talento feminino na criatividade publicitária e de conteúdo na indústria da comunicação brasileira, em busca de um mercado mais justo em oportunidades em todas as esferas dos ambientes de trabalho. A iniciativa – que integra o Círculo de Criativas Latam, já presente em outros 15 países da América Latina – é capitaneada por aqui por Adriana Cury, atual vice-presidente de criação da agência Nova S/B e que já foi vice-presidente da Ogilvy Brasil e presidente da McCann-Erickson Brasil.
Além do Brasil, o Círculo de Criativas também atua na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico e Uruguai. Sem cobrar qualquer taxa de adesão para suas integrantes, o grupo foi idealizado para atuar no sentido de transformar a mentalidade do mercado, fazendo com que empresas, headhunters, clientes e formadores de opinião entendam que mulheres e homens precisam se igualar em salários, oportunidades de emprego, postos de liderança e em número de integrantes em júris nacionais e internacionais de festivais relacionados às atividades da comunicação.
“Somos uma teia de relacionamentos para promover diálogo, networking, informação, educação e troca de experiências, trazendo mais visibilidade para o talento feminino”, afirma Adriana. Ela conta que a ideia é engrandecer o trabalho das criativas em todas as esferas da comunicação, para as mulheres serem mais valorizadas e reconhecidas no Brasil e no mundo. “Estamos empenhadas em ganhar cada vez mais força internacionalmente, seja em termos de oportunidades de emprego para as profissionais que já estão no mercado ou para a capacitação de estudantes e novas criativas, inclusive oferecendo mentoring”, diz.
Segundo Adriana, dentro desse processo estão previstas trocas de informações relevantes, com ações envolvendo experientes e renomadas convidadas que abordem os diversos aspectos relacionados à carreira em todos os países onde o círculo de criativas está presente. “São coisas que abrangem desde a preparação do portfólio, como se comportar em uma entrevista, como avaliar uma proposta e como construir um plano de carreira, entre outros tópicos”, explica. O Círculo se propõe ainda a trabalhar para que as criativas maduras, que hoje possam estar marginalizadas pelo preconceito de idade, se reintegrem ao mercado e sejam valorizadas da mesma forma que as jovens.
Entre os tópicos que estão no centro das atenções do Círculo de Criativas Brasil estão o reconhecimento das seniores creatives; a valorização das young creatives; a troca de experiências por meio de chats, live streamings, webnars, workshops, palestras etc, sempre com convidadas criativas do Brasil e do exterior; trazer ao Brasil experiências onde isso vem dando certo; fazer com as profissionais estejam sempre com visões claras do que é novo e interessante; promover parcerias com outros grupos que também valorizem o papel feminino em qualquer esfera no Brasil; convidar homens de criação para trocar experiências com as integrantes do Círculo; criar um festival e um anuário de criativas mulheres; fomentar grupos de discussão sobre como transformar o mindset “men-oriented” do mercado; criação de campanhas de valorização do talento feminino; além de promover o o relacionamento com a imprensa em geral.
“Podem integrar o Círculo de Criativas as mulheres sem distinção de idade, classe social, raça, orientação sexual e as mulheres trans. Se é mulher, trabalha em criação e acha nossa proposta interessante, estamos pedindo para se unir a nós, dar um like em nossas redes sociais, fazer parte de nossa iniciativa”, enfatiza Adriana. Podem ser redatoras, diretoras de arte, assistentes de agências de comunicação, designers, criativas ligadas ao digital, conteúdo social, influencers, diretoras de cinema e profissionais ligadas ao setor de produção audiovisual. “Basta se inscrever e começar a participar”, finaliza.