De acordo com o Censo Brasileiro de Shopping Centers 2022-2023, elaborado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o setor registrou no ano passado o faturamento anual de R$ 191,8 bilhões, alta de 20,5% em relação a 2021 (R$ 159,2 bi). O dado mostra a recuperação dos shoppings ao longo do ano passado, período marcado pela retomada do fluxo de visitantes e pelo crescimento das vendas.
Na variação regional, o crescimento do faturamento na região Sudeste foi de 22% no ano passado, sobre 2021, e superou a média nacional. Também tivemos uma forte elevação nas Regiões Nordeste (+19,9%), Centro-Oeste (18,8%), Sul (16,9%) e Norte (13,8%).Inaugurações – No ano passado, foram inaugurados oito shopping centers, contra cinco registrados em 2021. Com isso, o número de empreendimentos em operação foi de 628 shoppings, contra 620 no intervalo anterior. Neste ano, a previsão é de 15 novas inaugurações, sendo oito na Região Sudeste, três na Região Nordeste, dois na Região Sul, um na Região Norte e um na Região Centro-Oeste.
Em Área Bruta Locável (ABL), essa expansão representa um aumento de 1,6% sobre o ano anterior, com um total de 17,5 milhões de metros quadrados, ante os 17,2 milhões apontados em 2021.
O número de lojas também cresceu e chegou a 115 mil, um acréscimo de 2,7% na comparação com 2021 (112 mil lojas). O número médio de visitantes ao mês foi de 443 milhões, o que representa uma elevação de 11,6% sobre 2021, quando a média mensal foi de 397 milhões de pessoas. Em termos de vacância, esse patamar foi de 5,6% em 2022, o que nos deixa mais próximos dos níveis pré-pandemia, de 4,7% registrados em 2019.
Postos de trabalho – Em 2022, o setor gerou 1,044 milhão de empregos, alta de 2,3% em relação ao ano anterior (1,02 milhão). Já as vagas de estacionamento totalizaram 1,037 milhão, acréscimo de 1,9% sobre 2021 (1,018 milhão). Já em relação às salas de cinema, o montante totalizado foi de 3.051 unidades, crescimento de 1,1% sobre o período anterior.
Para o presidente da Abrasce, Glauco Humai, o resultado positivo do ano passado é um grande indicativo de como o setor foi resiliente e se superou após a crise provocada pela Covid-19. “O setor acelerou o número de inaugurações, observou a taxa de vacância retomar aos patamares pré-pandemia e está caminhando para a recuperação total das perdas relacionadas a este último período”, afirma. No cenário macroeconômico, “a diminuição da pressão inflacionária e a retomada no crescimento de postos de trabalho, culminando em uma maior massa de rendimentos, principalmente no segundo semestre, contribuíram para o crescimento do setor”, acrescenta o executivo.
Perspectivas
Para 2023, a projeção inicial é de um aumento de 14,6% nas vendas, que podem culminar em um recorde de faturamento do setor com previsão de R$ 219,8 bilhões.